A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou nesta quarta-feira (10) o primeiro boletim informativo, com base nos dados disponíveis nos painéis de monitoramento do site Observatório em Saúde, sobre os casos de casos de síndromes febris ocasionadas pelas arboviroses, como dengue, chikungunya, zika, mayaro e oropouche.
Com os dados reunidos reunidos pelo Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Sesacre, foi constatado que no Acre, só na 1ª semana de janeiro, entre os dias 1º a 7, foram registradas 367 notificações de dengue.
Em relação aos municípios, a capital Rio Branco concentra o maior número de registros, com 32,3% do total de notificações, seguida de Feijó, com 10,5% dos casos. Por outro lado, com a menor taxa do estado até o momento, está o município do Bujari, que registrou apenas duas notificações de dengue na primeira semana de janeiro.
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Situação de Emergência
Em uma edição extra do Diário Oficial do Acre, o governo do Estado decretou situação de emergência por conta do aumento significativo dos casos de dengue. Só nas últimas semanas, houve um crescimento de 106,6% nos casos da doença. O decreto é válido por 90 dias.
Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, revelam que o estado do Acre teve o segundo maior crescimento no número de casos de dengue do país no ano de 2023, quando comparado ao ano anterior, 2022.
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De acordo com os dados, entre as Semanas Epidemiológicas (SE) 1 a 48 de 2023, foram notificados 5.445 casos prováveis de Dengue no Acre, que representa um aumento de 106,6% em relação ao mesmo período de 2022, tendo sido confirmados 3.755, dos quais 29 apresentaram sinais de alarme e 2 foram classificados como Dengue Grave. Além disso, os dados mostram que não há registro de óbitos pela doença.
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No decreto, a Sesacre informou que o aumento de casos demonstra um quadro preocupante em relação à situação epidemiológica das síndromes febris ocasionados pelas arboviroses urbanas, sendo elas Dengue, Zika e Chikungunya.
O decreto foi tomado a partir de informações baseadas nos dados das Unidades Básicas de Saúde e, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), como 2º Distrito (Via Verde), Franco Silva, Cidade do Povo, em Rio Branco, e Jaques Pereira, em Cruzeiro do Sul, além do Hospital de Urgência Emergência, em Rio Branco, Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia, e demais unidades hospitalares do Estado;
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Além disso, o governo considerou a comprovação de circulação de outras duas arboviroses (Mayaro e Oropouche) em alguns municípios, “cuja magnitude ainda não se pode definir, visto que não há kits comerciais para venda no País, o que limita a realização de exames laboratoriais para a confirmação do diagnóstico”, disse trecho do decreto.
Vacinação da dengue
O governo do Estado também informou a vacina da dengue deve chegar ao Acre nos próximos dias. A previsão é que a imunização inicie em março.
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No fim do ano passado, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. A vacinação será focada em público e regiões prioritárias.
Onde procurar ajuda médica?
Uraps
Nas unidades de referência em atenção primária (Uraps) devem ser atendidos pacientes com febre, dor no corpo e dor de cabeça, sem sinais de gravidade do quadro.
UPAs
Nas unidades de pronto atendimento (UPAs), devem se concentrar os pacientes com sintomas de diarreia forte, desidratados e que não estão conseguindo fazer suas atividades por conta do quadro clínico.
PS
Já o pronto-socorro deve atender os casos graves da doença, que são os que apresentam sangramentos, principalmente se o diagnóstico for de dengue. Os sinais de alerta são: sangramento na gengiva, nas fezes ou no nariz; dor abdominal intensa e desmaio.