Morre Meireles, divulgador da cultura acreana e presidente da Casa do Acre no Rio de Janeiro

Casa do Acre foi fundada como uma espécie de embaixada acreana na então capital da República

Membro de uma tradicional família de Brasiléia, interior do Acre, o bancário aposentado Francisco Carlos Meirelles, ex-servidor do extinto Banacre (Banco do Estado do Acre) morreu na quarta-feira (11). Ele tinha 76 anos e morreu no Rio de Janeiro, onde vivia há muitos anos.

Ele tinha 76 anos e morreu no Rio de Janeiro, onde vivia há muitos anos/Foto: Reprodução

Sua morte, sem a revelação das causas, foi comunicada por seu conterrâneo e amigo Antônio Klemer, jornalista e humorista que conviveu com o ex-servidor durante uma grande temporada no Rio. Ele foi o último  presidentes da Casa do Acre no Rio de Janeiro, 

A Casa do Acre no Rio de Janeiro funcionava desde a época do Acre território, fundada nos anos 50, quando estudantes acreanos vivendo no Rio de Janeiro, então capital da República, sentiam a necessidade das coisas da terra original. Entre esses estudantes estava, por exemplo, o futuro governador institucional do Estado do Acre José Augusto de Araújo, então líder do movimento estudantil nacional, de quem Meireles foi também um amigo. 

Muito influente no Rio, Francisco Carlos Meireles de Lima, era referência em apoio e sempre solícito e companheiro a acreanos no Rio, na definição de Antônio Kemer. 

“É uma perda cujas consequências nenhum dos que tiveram o prazer de conviver com ele podemos medir no momento”, disse o jornalista. “Meireles presidiu a Casa do Acre, que ajudou a fundar, e era congregar com alegria os acreanos saudosos, uma das suas mais agradáveis virtudes. Católico praticante, muitos irmãos estarão em oração a Deus, intercedendo pelos órfãos, os filhos Rafael , Júnior e Meireles, e enorme exército de conterrâneos e amigos do Rio de Janeiro”, acrescentou.

Meireles conviveu durante anos com outro acreano ilustre, o artista plástico Sansão Pereira, nascido no no Seringal Capatará, em Xapuri, e que ganhou as telas dos museus do mundo inteiro com quadros que o levaram a ser definido como uma espécie de poeta das telas.

Entre outras telas, Sansão foi responsável por pintar a obra sacra “Gênesis – e Deus Fez a Luz”, que está exposta na Catedral Nossa Senhora de Nazaré, em Rio Branco. Além disso, tem obras expostas na Assembleia Legislativa do Acre, Palácio Rio Branco, Tribunal de Contas e Tribunal de Justiça, entre outros órgãos.

Meireles era um entusiasta de sua arte e das causas e cultura acreanas. Sansão Pereira faleceu em 2014.

PUBLICIDADE