Neste mês de junho, as atenções se voltam para uma causa essencial: a doação de sangue. A campanha ganha força com o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, data instituída há 20 anos pela Assembleia Mundial da Saúde. O objetivo é claro: agradecer aos doadores e incentivar mais pessoas a participarem dessa corrente de solidariedade que salva vidas diariamente.

Neste mês de junho, as atenções se voltam para uma causa essencial: a doação de sangue / ContilNet
Para entender mais sobre o processo e reforçar essa conscientização, visitamos o HEMOACRE, centro responsável pela coleta e distribuição de sangue no estado. A equipe explicou que qualquer pessoa saudável, com idade entre 16 e 69 anos (menores precisam de autorização dos responsáveis), pode se tornar doadora, desde que cumpra critérios básicos, como estar bem alimentado, pesar mais de 50 quilos e apresentar um documento oficial com foto.
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Além disso, é essencial que a pessoa tenha dormido ao menos seis horas na noite anterior e esteja bem alimentada. Esses cuidados garantem a segurança do doador e de quem receberá o sangue.

Além disso, é essencial que a pessoa tenha dormido ao menos seis horas na noite anterior e esteja bem alimentada / ContilNet
O processo de doação começa pela triagem, que ocorre em duas etapas. Na primeira, são realizadas a pesagem e o teste da hemoglobina — um pequeno furo no dedo serve para verificar se o doador está com anemia. Na segunda etapa, acontece uma entrevista com perguntas sobre o estado de saúde geral, presença de sintomas gripais, histórico recente de vacinação, viagens nos últimos 30 dias e eventuais situações de risco, como relações sexuais com parceiros diferentes sem preservativo ou uso de drogas.
Após a triagem, o sangue é coletado, em um procedimento rápido que dura de 5 a 10 minutos. Para quem doa com frequência, existe ainda a possibilidade de se tornar doador de plaquetas, um processo mais delicado e demorado. A retirada das plaquetas pode levar cerca de uma hora e meia e é destinada a pacientes específicos, como aqueles em tratamento contra o câncer.

Após a triagem, o sangue é coletado, em um procedimento rápido que dura de 5 a 10 minutos / ContilNet
Durante a visita, conhecemos a história do seu Albino, pastor e militar, que doa plaquetas desde 1994. Ele conta que começou quando ajudou um parente de um amigo do Exército e, desde então, nunca mais parou. Atualmente, realiza doações de plaquetas, em média, a cada 30 dias, contribuindo para salvar vidas de quem enfrenta doenças graves.
Também conhecemos, Matheus Alexandre, de 30 anos, professor de matemática e doador de sangue há três anos. Ele conta que começou a doar motivado por uma gincana escolar. “A turma que conseguisse mais doadores ganharia pontos. Eu nunca tinha doado antes, mas resolvi participar e acabei me tornando doador regular”, relata.

A retirada das plaquetas pode levar cerca de uma hora e meia e é destinada a pacientes específicos, como aqueles em tratamento contra o câncer / ContilNet
O HEMOACRE reforça que a necessidade por sangue é constante, e convida a população a manter esse gesto solidário durante todo o ano, não apenas em datas específicas.