O policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, conhecido como “Dos Santos”, foi brutalmente assassinado a tiros na noite desse domingo (6/7), durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, município a cerca de 280 km de São Luís. O principal suspeito do crime é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), de 27 anos, que permanece foragido.
Segundo testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, a discussão fatal teria começado após o PM, que estava de folga, reclamar com o prefeito sobre o farol alto do carro, que estaria iluminando diretamente o rosto das pessoas presentes no local do evento.
Relatos indicam que o prefeito não gostou da abordagem e, momentos depois, teria ido até um veículo preto para pegar uma arma. Em seguida, ele teria retornado ao local da confusão e atirado contra o policial pelas costas, efetuando ao menos cinco disparos. O PM caiu no chão antes que pudesse reagir. Testemunhas também acrescentaram que um dos envolvidos fez um gesto de que iria sacar a arma durante a confusão.

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Câmeras de segurança reforçam dinâmica
Imagens de câmeras de segurança analisadas pela Polícia Civil confirmam parte da dinâmica relatada. As gravações mostram o suspeito se dirigindo ao carro e, logo depois, indo em direção ao grupo onde estava Geidson. Após o episódio, o homem corre de volta ao veículo e deixa o local. Embora o vídeo não mostre o exato momento dos disparos, ele reforça a linha investigativa.
Geidson chegou a ser socorrido e encaminhado ao hospital de Pedreiras. Devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para uma unidade de maior complexidade em Peritoró, mas não resistiu. Ele era lotado no 19º Batalhão da Polícia Militar e será velado nesta segunda-feira (7).
João Vitor Xavier, apontado como autor dos disparos, foi eleito prefeito em 2024. Solteiro, com ensino médio completo, declarou ocupação de estudante à Justiça Eleitoral. Ele é sobrinho do ex-prefeito de Igarapé Grande e ex-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Erlanio Xavier.
A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão confirmou que as polícias Civil e Militar realizam buscas para capturá-lo. O caso segue sob investigação da Delegacia de Pedreiras, que aguarda o laudo da perícia do Instituto Médico Legal de Timon para confirmação da trajetória dos tiros.
A defesa de João Vitor Xavier afirmou que os fatos ainda estão em fase preliminar de apuração e que o prefeito irá se apresentar para prestar esclarecimentos assim que tiver acesso completo aos autos.
Fonte: Metrópoles
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