Saiba quantos casos de dengue já foram registrados em cada cidade do Acre em 2024

Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses revelam que o Acre teve o segundo maior crescimento no número de casos de dengue

Só nos primeiros 11 dias de janeiro de 2024, o Acre registrou 763 notificações de dengue. Os dados são do Observatório em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), e levantados através do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS).

Ao todo, foram 763 notificações  no Acre/James Gathany/CDC-HHS

Em relação aos municípios, a capital Rio Branco lidera o ranking. Do total, foram 283 notificações registradas. Em seguida, Senador Guiomard, distante 25 km da capital. O município teve 102 notificações da doença em 11 dias.

Por outro lado, três municípios tiveram os menores índices de notificações. São eles: Bujari, com 2 casos, Rodrigues Alves e Capixaba, com 3 notificações.

Veja o ranking completo:

Em relação à faixa etária, a população entre 31 e 55 anos foi a mais infectada. Em seguida, aparece a população com idade entre 19 e 30 anos. Já as pessoas idosas, onde a dengue é mais preocupante, figurou em 3º lugar entre as mais infectadas.

Situação de Emergência 

Em uma edição extra do Diário Oficial do Acre, o governo do Estado decretou situação de emergência por conta do aumento significativo dos casos de dengue. Só nas últimas semanas, houve um crescimento de 106,6% nos casos da doença. O decreto é válido por 90 dias.

Profissionais coletam exames no SAE. Foto: José Caminha/Secom

Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, revelam que o estado do Acre teve o segundo maior crescimento no número de casos de dengue do país no ano de 2023, quando comparado ao ano anterior, 2022.

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De acordo com os dados, entre as Semanas Epidemiológicas (SE) 1 a 48 de 2023, foram notificados 5.445 casos prováveis de Dengue no Acre, que representa um aumento de 106,6% em relação ao mesmo período de 2022, tendo sido confirmados 3.755, dos quais 29 apresentaram sinais de alarme e 2 foram classificados como Dengue Grave. Além disso, os dados mostram que não há registro de óbitos pela doença.

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No decreto, a Sesacre informou que o aumento de casos demonstra um quadro preocupante em relação à situação epidemiológica das síndromes febris ocasionados pelas arboviroses urbanas, sendo elas Dengue, Zika e Chikungunya.

O decreto foi tomado a partir de informações baseadas nos dados das Unidades Básicas de Saúde e, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), como 2º Distrito (Via Verde), Franco Silva, Cidade do Povo, em Rio Branco, e Jaques Pereira, em Cruzeiro do Sul, além do Hospital de Urgência Emergência, em Rio Branco, Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia, e demais unidades hospitalares do Estado;

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Além disso, o governo considerou a comprovação de circulação de outras duas arboviroses (Mayaro e Oropouche) em alguns municípios, “cuja magnitude ainda não se pode definir, visto que não há kits comerciais para venda no País, o que limita a realização de exames laboratoriais para a confirmação do diagnóstico”, disse trecho do decreto.

Vacinação da dengue

O governo do Estado também informou a vacina da dengue deve chegar ao Acre nos próximos dias. A previsão é que a imunização inicie em março.

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No fim do ano passado, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. A vacinação será focada em público e regiões prioritárias.

Onde procurar ajuda médica?

Uraps

Nas unidades de referência em atenção primária (Uraps) devem ser atendidos pacientes com febre, dor no corpo e dor de cabeça, sem sinais de gravidade do quadro.

UPAs

Nas unidades de pronto atendimento (UPAs), devem se concentrar os pacientes com sintomas de diarreia forte, desidratados e que não estão conseguindo fazer suas atividades por conta do quadro clínico.

PS

Já o pronto-socorro deve atender os casos graves da doença, que são os que apresentam sangramentos, principalmente se o diagnóstico for de dengue. Os sinais de alerta são: sangramento na gengiva, nas fezes ou no nariz; dor abdominal intensa e desmaio.

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