23 de abril de 2024

O que fará do brasil, Brasil?

colunista-rodrigo-marcelino-RJRodrigo Marcelino*

colunista-rodrigo-marcelino-RJOs leitores e as leitoras mais atentos certamente repararam que, no título do artigo, em uma das vezes em que aparece o nome do nosso país, o b foi registrado com letra minúscula. Não se trata de um equívoco e, caso acompanhem a reflexão publicada em duas partes, ficará claro o objetivo. Essa semana completam-se dois anos das manifestações de junho de 2013 no Brasil. Milhões de pessoas tomaram as ruas no maior movimento de massas do país em mais de 30 anos.

Muito foi dito durante e depois das chamadas “Jornadas de junho”. Passados 24 meses daqueles intensos processos sociais, surgem algumas questões: O que gerou e impulsionou as “Jornadas”? Que respostas foram dadas aos milhares de cartazes e faixas que ocuparam as ruas? O que junho de 2013 nos ensina sobre a realidade brasileira e para onde aponta?

 

Para onde vamos?

As “Jornadas” marcaram um daqueles momentos em que o país inicia um processo de reflexão, ainda que não plenamente consciente, para se entender e descobrir onde estamos e para onde vamos enquanto povo-nação. Essa não é uma tarefa fácil. Aponta para uma necessidade: entendermos de onde viemos. Um breve resgate da história do Brasil – daquilo que se convencionou chamar de “descobrimento” até o presente –, permite-nos perceber traços em comum, que estão na raiz dos dilemas que enfrentamos no passado e se impõem, agora, como uma grande bifurcação que definirá nosso futuro. As elites, primeiro europeias e, depois, nativas, construíram estruturas econômicas, sociais, políticas e jurídicas sempre voltadas aos seus próprios interesses e aos das nações mais poderosas.

 

Exclusão do povo

Essas elites se esforçaram o máximo, inclusive com o uso frequente de extrema violência, para excluir – ou afastar – o povão das grandes decisões que criaram o presente e condicionaram nosso futuro. Essas mesmas elites, primeiro escravocratas e depois como grandes patrões, sempre trataram seus trabalhadores e trabalhadoras como mercadorias de segunda importância, “dispensáveis” e, portanto, sem direitos a serem reconhecidos. A bifurcação que se coloca é: até quando os interesses das elites definirão nosso futuro?

 

* Rodrigo Marcelino é militante da Consulta Popular

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