No início do ano o presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados do Acre (APARTAC), Vanderli Ferreira, procurou a reportagem da ContilNet e denunciou que pacientes estão morrendo na fila de transplantes no Hospital das Clínicas em Rio Branco por falta de medicamentos há dois anos.
Dessa vez a denúncia partiu da dona de casa Francisca Maria Ferreira Jansen, de 65 anos, que procurou um advogado e vai entrar na justiça pedindo indenização, pois ela estaria há um ano aguardando na fila de espera por um transplante e foi simplesmente dispensada da mesa de cirurgia porque o rim que ela deveria receber do doador se estragou. Segundo teria explicado a sua médica, os líquidos (soluções conservantes) para manter o órgão em perfeito estado na hora da recepção do estavam em falta no hospital.
Francisca Maria Ferreira Jansen/Foto: reprodução
O advogado de dona Maria, Mauricio Hohenberger, disse que: “O que ocorreu com minha cliente foi um crime, uma desídia costumás praticada pela Instituição Hospital das Clínicas. O governo do Estado comete um crime hediondo quando deixa faltar medicamentos dessa natureza e de tão grande importância para a vida humana. É um absurdo sem tamanho”, lamenta.
Segundo a APARTAC, o caso de dona Maria Jansen não é um fato isolado, pois é bastante comum pacientes deixarem de receber transplantes no Acre por falta de solução para conservar os órgãos de doadores.
Este repórter tentou fazer contato com o Hospital das Clínicas para nos dar informações acerca da Ação Judicial ou se os líquidos conservantes de órgãos ainda estão em falta na unidade hospitalar, mas até o fechamento desta edição não obtive êxito.
