Deputados estaduais da oposição e situação travaram, na sessão desta quinta-feira (17), na Assembleia Legislativa, acalorado debate a respeito do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e o pedido feito por sete governadores, incluindo o do Acre, para que o valor a ser estipulado não seja apenas de 0, 2% e sim de 0, 38%.
O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) criticou o fato de a vice-governadora, Nazareth Araújo, ter viajar para Brasília para pedir o aumento da CPMF que deverá ser instituída nos próximos dias.
“Não basta defender o retorno da CPMF. O Acre mandou representante para pedir, em Brasília, que o percentual seja um pouco maior para que se divida com os Estados. Ninguém pensa no povo”, discursou Gonzaga.
O líder do governo na Assembleia, Daniel Zen, fez defesa do retorno da CPMF, contribuição que vigorou até 2006. O deputado petista afirmou que o retorno da contribuição não afetará a maioria da população.
“Não vai afetar a grande parte da população. Quem não tem conta bancária não será atingido. Se por um lado é duro, por outro é uma necessidade”, acrescentou.
O deputado Manoel Moraes (PSB) foi outro a defender a CPMF. Ele ressaltou que o imposto não afetará as classes menos favorecidas do país.
Segundo Moraes, a falta de conhecimento técnico a respeito do assunto causa um “alarme desnecessário” na população. “São medidas necessárias para que o país não enfrente crises como esta que a Grécia enfrenta”, alegou.
Eliane Sinhasique, líder do PMDB, disse considerar um absurdo o retorno da CPMF. Segundo a deputada, o governo do Acre não tem moral para apelar com o intuito de aumentar o percentual da contribuição.
“É muito fácil fazer farra com o bolso do contribuinte, mas ninguém fala em reformas administrativas, em enxugar a máquina pública, tampouco se fala em devolver os recursos roubados com atos de corrupção”, concluiu.