Atentados em Rio Branco e no interior foram organizados pelo PCC e Bonde dos 13

Foto: Gleilson Miranda/SecomRio Branco (Acre)

Presidiários envolvidos nos ataques foram transferido para o RN e MS/Foto: Gleilson Miranda/Secom

A onda de ataques em Rio Branco e no interior do Acre faz parte de uma ação articulada por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que usa facções locais para amedrontar a sociedade e mostrar forças diante das Polícias Militar e Civil, fragilizadas em estrutura de trabalho. Essa é avaliação de oficiais da PM, que preferem não se identificar, mas ajudam a esclarecer como funciona os ataques e quais os objetivos dos criminosos.

De acordo com dois oficiais ouvidos pela reportagem, o PCC inicia em uma determinada cidade e cria outras denominações para apoiar suas ações até que sejam articuladas completamente suas estruturas de comando e atividade como assaltos, latrocínio,s execuções de agente penitenciários, policiais e pessoas consideradas inimigas da criminalidade.

Um dos oficiais disse que os atentados registrados após a morte de dois assaltantes na segunda-feira (5), em Rio Branco, foi um dos motivos que desencadeou a onda de ataques. “Mas a principal ação criminosa era para anunciar que o PCC, em Rio Branco e em alguns municípios, está instalado e fortalecido e efetivamente”, acrescentou o oficial.

O outro oficial afirmou que os detentos em regime semiaberto, que fazem parte da facção PCC, são obrigados a realizar ações criminosas para angariar recursos para sustentar a estrutura dos criminosos.

“Os ataques aconteceram pelo fato do PCC já estar instalado, principalmente em Rio Branco, e com líderes de outros Estados que estão no presídio Francisco de Oliveira Conde. Temos informações que mais chefes da facção estão em Rio Branco, mas nós, da Policia Militar e da Polícia Civil, estamos investigando. Esperamos prender as lideranças e participantes desse grupos criminosos, que tem tirado a paz da sociedade acreana, principalmente da população de Rio Branco nos últimos dias”, acrescentou.

Um dos requisitos da facção, segundo o oficial da PM, é mostrar aos lideres do PCC nacional, que estão principalmente em presídios de São Paulo, que existe uma estrutura do grupo montada no Acre com força de ação.

“Queimar ônibus e carros são ações que demonstram poder para o PCC. Eles agem dessa forma. Os líderes comandam de dentro dos presídios e de fora também. Eles organizam as ações de tráfico de drogas, assaltos, entre outros crimes. Estamos em uma região de fronteira, que se tornou estratégica para os criminosos de todo o Brasil. O tráfico de drogas e armas está ganhando diversas rotas e nossa região é uma das escolhidas pelo crime organizado. Não podemos relatar a situação de falta de estrutura e investimentos na segurança pública do Estado. Mas se não tiver um investimento real nas forças policiais, ficará difícil de reagir às ações criminosas”, avalia.

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