Desemprego assinala situação perigosa da economia nacional

O Brasil tem 11,4 milhões de desempregados, o maior número desde 2012. Segundo dados do IBGE, até o final do primeiro trimestre de 2016, encerrado em abril, o desemprego atingiu 11,2%, acompanhado da redução média da renda em 3,3%, que era de R$ 2,03 mil e agora atinge a casa de R$ 1,96 mil.

De acordo com o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, o crescimento do desemprego é preocupante. “A cada mês, observa-se a redução dos postos de trabalho, prejudicando a renda e impactando diretamente no consumo”.

O especialista salienta que o setor que vem sofrendo maior impacto é a indústria, que acaba representando um indicativo de como andam os demais ramos, como o comércio e serviços.

Segundo o contabilista, uma preocupação atual do governo é com o contingente de trabalhadores que perderam os seus postos de trabalho e que, por não possuírem o benefício do seguro-desemprego e uma renda, não poderão acar com as dívidas atuais e futuras, até conseguirem uma recolocação.

“Nesses casos, a continuidade do desemprego gera pressão e redução nas vendas do comércio, estabelecendo um efeito dominó de mais demissões, impactado pela falta de giro financeiro”.

Reginaldo afirma que, para driblar a situação, o governo terá de ser rápido na sua tomada de decisão, estabelecendo uma solução que não onere os cofres públicos e, ao mesmo tempo, possibilite o giro da economia, auxiliando a indústria e comércio na diminuição dos custos repassados à população. “Para transmitir confiança e reverter o desemprego, o governo terá de ser ágil nas suas decisões. Nesse sentido, é necessário priorizar o investimento em infraestrutura, a fim de reduzir os custos da indústria e do comércio, aumentando o poder de barganha entre as empresas e tornando os produtos e serviços mais competitivo”.

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