“Piratas do asfalto” atacam novamente e atiram em pneu de carro que voltava de Plácido de Castro

A audácia e os métodos utilizados pelos bandidos para vitimar os cidadãos acreanos têm crescido se aperfeiçoado na medida inversa da capacidade do governo do estado em conter a criminalidade. Por volta das 17 horas desta segunda-feira (23), a condutora de um veículo que havia saído do município de Plácido de Castro com destino à Capital passou por momentos de terror. Perseguida pois dois homens em uma motocicleta, ela se recusou a parar e eles atiraram nos pneus do veículo.

Mesmo o carro tendo rodopiado na estrada, a condutora – cujo nome não foi revelado pela polícia –, conseguiu retomar o controle do veículo. Ela então dirigiu alguns quilômetros até chegar ao posto policial localizado no trevo que separa os acessos entre Rio Branco e os municípios das regiões do Alto e Baixo Acre.

A mulher conseguiu acionar a polícia após andar alguns quilômetros com o pneu estourado/Foto: ContilNet

As imagens dos pneus do carro, feitas no local onde a vítima foi resguarda pelos militares, revelam o perigo enfrentado por ela e os riscos a que estão sujeitos todos aqueles que trafegam pelas estradas intermunicipais.

Horas antes, a polícia apresentou dois homens capturados por montar barreiras na estrada que dá acesso ao aeroporto. A intenção de bloquear a via era fazer com que os motoristas reduzissem a velocidade e ficassem sujeitos à abordagem dos bandidos, que já estão sendo chamados de ‘piratas do asfalto’.

Descaso com a segurança e picuinha política

Indiferente à escalada do crime organizado, que faz vítimas diariamente tanto na Capital quanto nos municípios do interior do Acre, o governador Tião Viana e seus aliados resistem à ideia de que o governo federal venha a fazer uma intervenção na segurança pública do Acre nos moldes adotados no Rio de Janeiro.

O pneu ficou totalmente destruído/Foto: ContilNet

Protegido por mais de 90 policiais militares, o governador do PT não admite que seu governo tem sido incapaz de combater a violência. E a pouco mais de cinco meses de deixar o cargo, ele dá reiteradas demonstrações de que sua única preocupação é com a soltura do ex-presidente Lula, preso na Polícia Federal, em Curitiba, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Esse quadro – um misto de caos, indiferença de nossos representantes públicos e medo generalizado por parte da população – nos leva a questionar, afinal de contas, o que é mais ameaçador: os bandidos que desafiam o estado todos os dias ou a apatia de um governo que finge desconhecer a gravidade das circunstâncias que nos alçaram ao posto de segundo estado mais violento do país, segundo dados do Mapa da Violência 2018.

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