PT prepara dossiê sobre irmão de Wherles Rocha na tentativa de atingir Gladson Cameli

Aloprados

A vida de um irmão do deputado federal tucano Major Rocha, candidato a vice-governador na chapa de Gladson Cameli (Progressistas), virou objeto de interesse dos correligionários do ex-prefeito Marcus Alexandre.

Tiro ao alvo

Segundo informação passada à coluna por um membro da coordenação de campanha do candidato petista, a intenção seria usar as informações como contraponto às críticas contumazes feitas pelo tucano à política de segurança pública do atual governo. E a esperança é que o petardo acabe por resvalar no deputado e atinja também o senador Gladson Cameli, principal adversário de Marcus Alexandre.

Lastro

Convém lembrar que nas eleições para a prefeitura de Rio Branco, em 2012, quando o então diretor do Deracre foi alçado à condição de postulante à sucessão do companheiro Raimundo Angelim, um jornalista chapa-branca foi escalado para viajar ao município de Nova Olímpia, no interior do Paraná. Sua missão era levantar informações desfavoráveis ao adversário do petista, Tião Bocalom, à época filiado ao PSDB.

Em vão

Nova olímpia foi a cidade em que Bocalom morou e formou família. Segundo ele, o jornalista teria passado “3 dias por lá, para tentar descobrir qualquer atitude que pudesse denegrir a minha imagem. Não conseguiu absolutamente nada”, conforme discorreu em uma recente postagem no Facebook, dirigida ao candidato Ulysses Araújo (PSL).

Dinheiro não era problema

Seis anos antes, o Escândalo dos Aloprados mostrou que o PT negociava a compra de um dossiê fajuto a ser usado contra José Serra, candidato do PSDB ao governo do estado de São Paulo. O candidato do PT era Aloízio Mercadante. O dinheiro levantado pelo partido ainda hoje tem origem desconhecida (foto aí abaixo). E além de Serra, os petistas tencionavam atingir Geraldo Alckmin, que disputava pelo PSDB a eleição contra Lula para a Presidência da República.

Boi na linha

Com esse currículo, é de se crer que a informação recebida pela coluna tem fundamento. O mais intrigante, porém, é que os companheiros estejam maquinando a estratégia contra Rocha e Gladson logo após a divulgação de pesquisa de intenção de voto que aponta suposto empate técnico entre Cameli e Marcus Alexandre. Vai ver nem eles acreditam no Ibope.

Fogo cruzado

O jornalista Leandro Altheman, do site Juruá em Tempo, respondeu às provocações do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul Vagner Sales (MDB), segundo as quais este último supostamente seria vítima de perseguição por parte do primeiro. Sales afirmou ao repórter Salomão Matos que o hipotético assédio seria motivado pelo sentimento de revanchismo, em virtude de um caso extraconjugal que o emedebista alega ter tido com a esposa do jornalista.

Meandros

Tais declarações foram feitas depois de publicada a notícia de que a justiça havia determinado o bloqueio de 11 veículos automotores do ex-prefeito cruzeirense – o que este negou categoricamente na entrevista concedida à ContilNet. Convém explicar que a referida decisão judicial se deu no âmbito do processo em que Vagner Sales figura como acusado de crime de peculato (quando um funcionário público subtrai bens ou recursos do erário).

Pobre 

A denúncia do Ministério Público sustenta que o ex-prefeito teria desviado mais de R$ 600 mil da prefeitura de Cruzeiro do Sul em operações de aluguel de barcos para transporte escolar fluvial. A matéria assinada por Altheman assegura ainda que Sales apelou ao direito de ‘gratuidade da justiça’ com base na alegação de que é “juridicamente hipossuficiente, não tendo condições econômicas de pagar as custas processuais sem prejuízo do sustento” – o seu e o de sua família.

Não viu, não sabe…

Na réplica dada via ContilNet, o emedebista não só negou o apelo à gratuidade, como também se gabou de ser um homem de muitas posses, o que lhe permitiria responder a quaisquer ações judiciais. E foi além: nunca teria recebido nenhuma notificação sobre o bloqueio dos bens mencionados pelo jornalista, que – repetiu – o persegue por ter sido traído pela esposa.

Velho oeste

Em resposta ao ex-prefeito cruzeirense, Leandro Altheman escreveu o seguinte: “Afirmar que não sabe do processo é mais uma de suas costumeiras mentiras. Vagner compareceu à audiência acompanhado de seus advogados, recorreu em segunda instância, perdeu e o processo já se encontra em fase de execução. As informações sobre o processo e o bloqueio são públicas e estão nos sites do Ministério Público, Justiça, Banco Central Judiciário e Registro de Restrições sobre Veículos Automotores”.

Fontes

Em seguida, Altheman diz: “A ‘perseguição’ a que Vagner Sales atribui motivação pessoal é na verdade o resultado de uma vida inteira de uso da política para enriquecimento pessoal. As acusações de enriquecimento ilícito, improbidade administrativa, peculato, crime eleitoral e outras tantas não partiram deste jornal ou do jornalista, e sim dos Ministérios Público Estadual e Federal, sendo a maioria delas acatada pela justiça em diferentes instâncias. Tais informações são públicas”.

Contraprovas

E a fim de comprovar o teor das denúncias divulgadas, Altheman postou, abaixo da resposta ao emedebista, os links de acesso ao documento que comprova o pedido de gratuidade feito pela defesa de Vagner Sales, bem como o despacho do juiz determinando o bloqueio dos 11 veículos do ex-prefeito.

Minudências  

Em um terceiro link se pode ler matéria com os detalhes da ação impetrada pelo MP em desfavor de Sales, a partir da qual ele foi processado por suspeita de desvios de mais R$ 600 mil dos cofres públicos municipais.

Estratégia

Em suma, o jornalista Leandro Altheman provou que o ex-prefeito, acossado pela magistratura e se fingindo de morto ante o andamento do processo judicial, prefere enxergar chifre em cabeça de cavalo a responder às acusações que lhe pesam sobre os ombros.

Dois lados

Leandro Altheman, a propósito, reputa ‘absurda’ a matéria veiculada pela ContilNet. É um direito que lhe assiste. Mas em defesa deste portal convém esclarecer que a reportagem tentou, sem sucesso, ouvir os dois lados – obrigação profissional que o repórter do Juruá em Tempo faz questão de não cumprir sempre que escreve sobre o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul.

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