“Está livre, leve e solto e dando gargalhadas”, diz pai de mulher que foi espancada pelo ex-marido

Um pai em busca de justiça. Essa foi a frase que o jornalista Raul Azedo disse ao ContilNet ao falar sobre uma postagem feita por ele em uma rede social, nesta quinta-feira (12), onde ele cobra da justiça uma punição para o homem que espancou sua filha.

Valdinei Sousa, ex- marido da filha do jornalista, foi preso no dia 11 de junho deste ano, após espancar J. O. A, de 22 anos, com que ele tem duas filhas. Raul diz que as crianças assistiram a mãe sendo espancada.

O acusado foi denunciado na delegacia de Senador Guiomard, sob a acusação de ter esmurrado e chicoteado a ex-esposa.

Jovem é agredida a chicotadas e quase estrangulada por ex-marido e a atual esposa dele

“A atual mulher de Valdinei também foi denunciada por, segundo a vítima, ter lhe agredido com ajuda de outras mulheres que estavam no local. Ela teria usado um chicote para agredir a ex-esposa do marido”, diz um trecho de uma reportagem publicada pelo ContilNet em junho deste ano.

Veja a postagem do jornalista:

De Novo: LIVRE, LEVE, SOLTO E DANDO GARGALHADAS

Por Raul Azedo

Aí o cara participa junto com a atual mulher e uma amiga de uma tentativa de homicídio contra a ex mulher, vai preso, fica 3 meses na cadeia, e sai livre, leve e solto, provavelmente, dando gargalhadas, o que significa zombar da justiça. Mas, ele foi preso por ter participado da tentativa de homicídio? Não. Pasmem, foi preso por causa da quebra da medida protetiva. Libertado, ele pode querer se vingar e tentar matar a ex-mulher, geralmente é o que acontece!! O caso aconteceu na zona rural de Senador Guiomard (AC), durante uma cavalgada que não tinha alvará do Poder Publico para sua realização. A vítima só sobreviveu aos socos, chutes e chicotadas porque outras pessoas viram e conseguiram tirá-la das garras d@s agressores. Sem contar que a filha de 4 anos da vitima viu é narra o pai batendo na mãe.

Jovem ficou com rosto desfigurado/Foto: ContilNet

A Lei 13.641/2018, que tornou crime a quebra da medida protetiva, determina prisão de 3 meses a 2 anos. Esqueceram de tipificar em que grau máximo da pena estaria enquadrado aquele que infringir a lei. A Lei, da forma que está, não vai intimidar o marido reincidente, pois se já tem a medida protetiva é porque houve, anteriormente, uma agressão.

Talvez seja esse o motivo de termos um absurdo número de mulheres vítimas de violência doméstica no Brasil, uma de 4 em 4 minutos.

No ano passado tivemos, segundo dados da pesquisa “Visível e Invisível- A vitimização de Mulheres no Brasil”, divulgado na Revista eletrônica da Fundação Astrogildo Pereira “Política Democrática”, 536 mulheres por hora sofrendo algum tipo de violência doméstica, totalizando, no ano de 2018, 16 milhões de mulheres. Esses números alarmantes equivalem a 180 Maracanãs lotados.

Mas, como resolver o problema e conter tanta vingança por parte dos homens as mulheres? Acompanhamento psicológico, assistência social aos envolvidos, afastamento da vítima do potencial agressor e punição mais severa ao homem que agredir a mulher.

Além disso, é preciso modificar a Lei que pune quem quebra a medida protetiva.

Colocá-lo atrás das grades, preventivamente, até a sentença final do processo, seria uma excelente medida de proteção!!
Raul Azedo é Jornalista

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