“Still Rising” foi a frase que pautou Lewis Hamilton e seu sétimo título mundial. Ela, em tradução livre, diz que o inglês está ainda crescendo, por mais que já pareça ocupar o topo. E crescer, neste caso, significa ganhar mais corridas, ampliar seus recordes, o mais importante deles, o de maior vencedor da Fórmula 1.
Mas se engana quem pensa que o piloto já é o soberano de todas as marcas da categoria. Existem ainda recordes, menos importantes, é verdade, que estão nas mãos de outros pilotos. Hamilton, além de ter igualado Schumacher em número de títulos, superou o alemão em número de pole positions e vitórias.
O mais relevante deles é o de voltas mais rápidas. Ele ainda pertence a Michael Schumacher. O piloto alemão, que foi alcançado pelo inglês no número de títulos mundiais, tem 77 voltas mais rápidas na carreira, contra 54 do inglês. A tarefa não é das mais fáceis e depende principalmente de quanto tempo Hamilton seguirá na Fórmula 1. O mais provável é que ele tenha pelo menos mais um ano pela frente.
Além disso, Hamilton não é o piloto com mais hat-tricks. Schumacher ainda está na frente, com 22 corridas em que fez a pole position, venceu a corrida e teve a volta mais rápida. Hamilton tem 18.
Outro feito, ainda mais difícil de ser alcançado na Fórmula 1, é o Grand Chelem, quando o piloto, além do hat-trick, consegue liderar a corrida de ponta a ponta. Neste caso, o piloto a ser batido é Jim Clark, escocês com dois títulos mundiais, em 1963 e 1965, com oito Grand Chelem. Hamilton tem seis.
Outro recorde dificilmente Hamilton deve alcançar, o de maior número de corridas disputadas. Kimi Raikkonen soma 329 GPs no currículo. Lewis Hamilton é apenas o sétimo no ranking, com 264 corridas. Nem o inglês parece disposto a correr tantas temporadas até a aposentadoria, nem o finlandês dá sinais de que vai se aposentar: ele renovou com a Alfa Romeo para 2021. [Capa: Clive Mason/AFP]