Números provam que vacinas reduziram a tragédia da pandemia, mas há milhares que não acreditam nelas

Os números comprovam, por si mesmos, o quanto a vacinação foi importante para combater a pandemia de Coronavírus, aquele que veio da China, mas a CPI do Circo diz que quem a criou no Brasil foi o presidente Bolsonaro. Pegando informações apenas deste ano, quando ainda não havia começado a grande campanha de imunização e, passando por março e abril, meses do pico da doença, chega-se ao final de maio, entrando em junho e, a partir daí, nota-se claramente que a imunização de milhares de pessoas começou a dar resultado prático, com a queda vertiginosa de casos de novos contágios e de mortes.

Em 1º de janeiro, por exemplo, o Boletim oficial apontava para 95.999 casos confirmados, com 1.822 óbitos. O ano começou com 270 novos casos e sete mortes em 24 horas. O total de hospitalizados: 286 doentes. A partir daí e até o final de março, tivemos o maior pico da doença. A vacinação recém tinha começado e ainda não se havia atingido a resultados práticos. Num dos piores dias da pandemia, em Rondônia, detectado pelo Boletim 355, da Sesau e Agevisa, o dia 10 de março foi de resultados tristes e assustadores, nos quase dois anos em que enfrentamos a doença. Naquela sexta-feira, atingimos 161.205 casos, com 3.240 óbitos até ali registrados e, ainda 806 pacientes superlotando nossos hospitais, pelo menos três centenas deles nas UTIs. Foi um dia de tristeza e de lágrimas para muitas famílias rondonienses. Tivemos, naquela data, em 24 horas, 1.721 casos novos e, pior de tudo, nada menos do que 60 óbitos. Era o horror!

Na medida em que a vacinação avançou no Estado, tanto quanto no país, os piores números foram diminuindo. A partir de junho e julho, eles começaram uma queda contínua, chegando a setembro com a maioria dos dias, sem qualquer morte causada pelo vírus. O Boletim 573, da última quarta-feira, mostrava por exemplo, que surgiram 191 novos casos, mas apenas um óbito em toda a Rondônia. E, daí, estamos perto das 2 milhões de imunizações. Já chegamos a um total de 1 milhão e 843 mil doses de vacinas aplicadas, das quais perto de 1 milhão e 152 mil para a primeira dose e outras 691 mil segundas doses.

Também é sintomático que já chegamos a ter mais de 1.050 pacientes internados, dos quais quase 180 numa fila de espera de UTIs, mas, atualmente, apenas 67 infectados estão sendo atendidos nos hospitais, com menos de 30 por cento na áreas de terapia intensiva. Todo este raciocínio e todas estas informações desaguam na decisão ilógica, partindo de milhares de porto velhenses e de rondonienses que, até agora, sequer tomaram a primeira dose de qualquer das vacinas disponíveis. Só na Capital, são quase 70 mil que ignoram a vacinação, colocando em risco a vida de milhares de pessoas. Este pessoal todo não acredita na ciência, na medicina, na prevenção. E pode transmitir o vírus para os outros. Lamentável!

PERIGO À VISTA: ESTADO TEM 42 NOVOS CASOS DA CEPA INDIANA DELTA. MUITO CUIDADO!

Sobre a Covid, ainda, é bom que quem não se vacinou, que repense muito bem sobre o assunto, até porque, embora todos os números negativos tenham diminuído, há ainda cepas novas que chegam ao Estado, algumas com bastante força. É o caso da indiana Delta, que contaminou, nos últimos dias, mais 42 rondonienses (23 mulheres e 19 homens), com três dos casos em Porto Velho. Os demais foram detectados em dez diferentes cidades de Rondônia. Outros 32 casos foram registrados antes, nenhum grave e todos já curados, imagine-se de pessoas protegidas pela vacina. Todos os afetados pela nova cepa do vírus estão sendo acompanhados de perto pela Secretaria de Saúde do Estado. O secretário Fernando Máximo, anunciou os registros de novos atingidos pela doença nesta sexta-feira, conclamando os rondonienses para que mantenham os cuidados contra o vírus e que os que ainda não se vacinaram, que o façam com a maior urgência. O mesmo apelo, aliás, tem sido feito pelo prefeito Hildon Chaves e as autoridades sanitárias da Capital. A vacinação em Porto Velho tem sido altamente competente e só não se imuniza quem não quiser. Vacinas não faltam: nesta sexta-feira, chegaram mais 140 mil doses. Portanto, à elas, rondonienses!

DECISÃO MONOCRÁTICA DE MINISTRA DO STF DÁ AVAL PARA INVASÕES EM PROPRIEDADES?

Uma vergonha inominável a decisão liminar da ministra Carmem Lúcia, do STF, suspendendo a reintegração de posse em uma fazenda na área de Mutum Paraná. Fica clara a posição ideológica que domina nosso supremo tribunal, ao decidir, sob argumentos de responsabilidade social, que as autoridades policiais estão impedidas de cumprirem a reintegração decidida pela Justiça rondoniense. As invasões, muitas delas com uso de violência, de destruição de propriedades, de destruição das áreas de mata, são, assim, apoiadas pela decisão absurda da ministra, que acatou pedidos dos advogados dos invasores e ignorou o direito dos donos da terra. É assim que se incentivam os conflitos agrários, impedindo que o verdadeiro império da lei prevaleça e dando a criminosos que atacam a polícia, que matam PMs, como o fizeram no ano passado na mesma fazenda em Mutum Paraná, que usam armas de grosso calibre, o status de pobres coitados, ávidos apenas por um pedaço de terra para plantar. Obviamente que decisão judicial, mesmo uma absurda como esta, tem que ser cumprida. Mas ainda se tem (até que o STF decida que não temos mais) o direito de protestar com veemência contra medidas como esta, que envolve a crise no campo, em Rondônia.

Leia mais no blog OPINIÃO DE PRIMEIRA.

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