Nem Mara, nem Gladson: para evitar ‘chateação’ de aliados, Bolsonaro quer ficar de fora de disputas locais

Apoio presidencial

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta semana a apoiadores que não vai apoiar ninguém para o Governo de Rondônia. A opção do presidente em ficar de fora da disputa local é porque por lá, ele tem mais de um candidato que quer subir no seu palanque.

Sem chateação

De acordo com o site Poder 360, Bolsonaro foi questionado por um rondoniense se iria apoiar o senador de sua base, Marcos Rogério (DEM-RO), para a disputa ao Governo. A negativa veio com uma justificativa: ele não quer que ninguém fique chateado. “Tem Estados que tem até 4 candidatos que me apoiam. Não posso ficar com 1, os 3 vão ficar chateados comigo, pô”, disse.

2º turno

Ainda segundo o portal, Bolsonaro afirmou que apenas no 2º turno apoiará algum nome. O presidente só confirmou que dará apoio em 1º turno ao atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que deve disputar o Governo de São Paulo em 2022.

E no Acre?

Essa justificativa do presidente pode resvalar também aqui no Acre, já que o cenário por aqui é parecido. Para a disputa ao Governo, Gladson Cameli (PP) quer se reeleger com o apoio do presidente, mas vai ter que disputar os afagos presidenciais com a deputada federal Mara Rocha, que é pré-candidata ao Governo e está apalavrada com o PL, onde será correligionário de Bolsonaro. Se repetir o gesto que fará em Rondônia, nem um e nem outro terão o apoio formal do presidente.

Senado

Para a disputa do Senado a situação é ainda mais complicada. Mailza Gomes (PP), Márcia Bittar (Sem partido) e Alan Rick (DEM) são declaradamente bolsonaristas. Já Jéssica Sales (MDB) e Vanda Milani (SD) não são de muitos elogios públicos ao presidente, mas provavelmente também não recusariam o apoio de Bolsonaro caso ele optasse por alguma delas. O mais provável, pelo visto, é que ninguém ganhe o apoio formal por aqui também.

Protesto

Reunidos na Aleac durante a sessão de ontem, os servidores da Saúde estadual foram até a Casa legislativa pressionar os deputados para que aprovassem as emendas ao Orçamento do Estado para 2021 que favorecem a classe. A categoria ameaçava fazer uma greve, caso não fosse atendida. A pressão deu certo, mas não exatamente da forma que eles queriam.

Emendas

As emendas que os servidores da Saúde queriam ver aprovadas visavam o pagamento de um “Abono Complementar de Renda” aos cerca de 6.000 funcionários da Saúde, efetivos e temporários, no valor de R$ 1.500,00; o pagamento da etapa alimentação de R$ 700,00, verba permanente e de caráter indenizatório a todos os servidores ativos da Saúde; e o Abono Complementar de Renda, concedido, uma única vez, no valor de R$ 1.500,00 aos 985 servidores do IGESAC – Instituto de Gestão de Saúde do Acre, lotados na Sesacre. A fonte pagadora seria os 12% destinados à Saúde dentro do Orçamento. Porém, as emendas, todas de autoria do deputado Jenilson Leite (PSB), foram rejeitados na comissão de Orçamento e Finanças na última quarta-feira (15), e iriam para votação no plenário na quinta (16), o que não ocorreu.

Negociação

Mesmo sem levar a votação das exigências dos servidores da Saúde para o plenário, um grupo de deputados negociou com a categoria algumas concessões que Governo do Estado prometeu cumprir. O grupo foi composto pelos deputados, Jenilson Leite, Nicolau Jr, Cadmiel Bonfim, José Bestene, Edvaldo Magalhães, Daniel Zen, Luiz Gonzaga e Neném Almeida.

Meio termo

Apesar de não conseguirem as exigências integralmente, o esforço dos deputados e do Governo do Estado atendeu a categoria, que desistiu da greve. Os pontos acertados entre os deputados e os servidores foram: garantia do auxílio alimentação no valor de R$ 500,00 a partir de março de 2022 para todos servidores da saúde; compromisso de publicar edital de concurso público em janeiro de 2022; reajuste com reposição inflacionária de dois anos, a ser dado no início de 2022; retomada do debate do PCCR dos servidores no início de 2022; e suspender o corte de ponto de todos os servidores que participaram das paralisações em defesa de seus direitos.

Acorrentado

Na sessão solene da Aleac desta sexta-feira (17), entre as diversas moções de aplauso concedidas, um nome chamou atenção: Jorge Orleanes. O jovem cruzeirense é um dos aprovados no cadastro de reserva da Polícia Civil que espera a convocação do Governo do Estado e resolveu se acorrentar na escadaria do Palácio Rio Branco em forma de protesto. A moção foi apresentada pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB).

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