Uma sucuri, de aproximadamente 7 metros de comprimento, foi flagrada digerindo um animal, provavelmente uma capivara, no rio Formoso, em Bonito (MS) – a 279 km de Campo Grande pelo fotógrafo Julian Gunther.
O profissional, com especialidade em registrar a vida selvagem, disse que acredita que a sucuri estava digerindo uma capivara por causa do tamanho da presa, que estava ao longo do corpo da serpente.
Julian realizava mergulhos de contemplação em um rio de água cristalina, quando o encontro aconteceu. Pelas imagens é possível identificar uma parte da cabeça do animal dentro da água e o restante boiando na superfície.
O fotógrafo conheceu as águas cristalinas dos rios de Bonito no ano passado e se encantou com as belezas da fauna e flora de Mato Grosso do Sul. Devido a pandemia do coronavírus, a viagem precisou ser adiada quatro vezes.
“Desde criança eu sempre quis visitar o Pantanal e explorar de um modo não típico. Essa expedição foi reprogramada e cancelada algumas vezes pela pandemia. Na primeira vez consegui fotografar 4 sucuris”, esclareceu.
Processo de digestão
Ao g1MS, o biólogo Pedro Guimarães esclareceu que para digerir as presas, as sucuris podem demorar semanas e precisam ficar em repouso, pois sua pele e órgãos, como o esôfago e o estômago, se dilatam até três vezes mais que o normal.
O especialista destacou ser comum encontrar répteis expostos ao sol, já que a luz promove a elevação da temperatura corporal e auxilia o animal na digestão.
Guimarães apontou que o período mais propício para a aparição das serpentes é o fim do outono e começo do inverno, quando as sucuris saem da água em busca de sol. Seja no Pantanal de Mato Grosso do Sul ou nas águas cristalinas de Bonito, as sucuris são vistas com frequência no rio dos estados