Os semáforos e esquinas de Rio Branco têm sido marcados pelos imigrantes, muitos deles crianças, que pedem ajuda na tentativa de sobreviver. Em uma dessas situações, o fotojornalista Diego Gurgel registrou um “super herói venezuelano”. A foto tirada por Gurgel mostra uma criança abraçada a um poste de luz, observando os carros e o movimento na rua Pernambuco e Avenida Nações Unidas.
Na web, o jornalista Altino Machado comenta a foto tirada do celular de Diego, que ao observar a cena da mãe e filho, não hesitou em fazer uma fotografia, e diz “usando um celular, o talentoso e sensível fotógrafo acreano fez uma sequência comovente”.
“Durante o tempo que permaneci parado no semáforo observei que em sua inocência ignorava o ambiente caótico entre os carros e brincava, mas que de vez em quando ficava introspectivo ou exausto por estar naquele ambiente insalubre”, explica Diego.
Atuação do MPAC
Procurado pela reportagem do ContilNet, o Ministério Público do Acre (MPAC) informou que a questão da imigração tem sido abordada de forma definitiva pelo órgão desde 2019, com a chegada dos venezuelanos ao Estado.
Mesmo entendendo que essa política deve ser um campo de atuação do Ministério Público Federal (MPF), o MPAC decidiu atuar em conjunto com outras instituições, de forma integrada, a partir do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (NATERA).
“Essa população altamente vulnerabilizada, com ofensa aos seus direitos fundamentais, muitas situações de risco (entre as quais, exposição de crianças nas ruas), e por isso, por uma decisão de gestão, o Natera ficou responsável por atender essa população, criando redes, dialogando com os organismos da sociedade civil, que aqui no Acre são muito fortes. O núcleo é vocacionado a isso dentro do MPAC, na garantia de direitos e proteção dessas pessoas a partir de políticas públicas”, argumentou o coordenador administrativo do Natera, Fábio Fabrício Pereira.
O Natera promove reuniões, discussões, estudos, relatórios, dossiês, acompanhamento de casos complexos, inspeção dos recursos disponíveis (Apoio Técnico aos órgãos do sistema de justiça) e acompanha o Estado, principalmente, na formação de estratégias práticas para acolhimento dessas pessoas.
Veja sequência de fotos:
Foto: Diego Gurgel
Foto: Diego Gurgel
