A escolha final dos nomes que irão compor o novo governo caberá somente ao presidente eleito. Entretanto, existe uma ala extrema do Partido dos Trabalhadores (PT) que resiste a alguns nomes escolhidos por Lula.
Um deles é o da deputada federal eleita por São Paulo, Marina Silva. A acreana é o nome mais cotado para retornar ao Ministério do Meio Ambiente, pasta que esteve à frente durante quase todo o governo Lula, entre 2003 e 2008, quando deixou o cargo após brigas internas.
Mesmo Marina sendo considerada uma das melhores ministras do Meio Ambiente da história do país, existem petistas que ainda não engoliram os episódios que marcaram a rixa entre a acreana e o PT.
Durante as eleições presidenciais de 2014, a relação entre Marina e o PT ficou insustentável. Na campanha, após Marina subir nas pesquisas de intenção de voto, a ex-senadora virou alvo de ataques feitos pela equipe da então presidente e candidata à reeleição, Dilma Housseff.
O próprio presidente Lula na época acusou Marina de profanar “inverdades” contra Dilma e o PT.
“Marina não precisa contar inverdades a meu respeito para chorar. Nunca falei mal da dona Marina e vou morrer sem falar. Ela que tem de se explicar por que falou mal do PT” disse Lula em um comício do PT, em 2014.
Além de Marina, o PT não quer que Simone Tebet (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) tenham papéis de destaque no novo governo.