Praga do Mandarová volta a ameaçar plantações no interior do Acre e compromete produções

A lagarta mandarová só precisa de poucos dias para devorar uma plantação inteira

Produtores da comunidade São Pedro, localizada na zona rural de Cruzeiro do Sul, relataram o retorno da praga do Mandarová aos seus roçados de mandioca. Dessa vez, os agricultores ressaltam uma maior preocupação com o tamanho das lagartas.

A praga começou a atingir as plantações de mandioca no município em outubro de 2023, em virtude disso, o prefeito em exercício, Henrique Afonso, chegou a decretar situação de emergência nível II nas áreas de plantação de Cruzeiro do Sul.

O animal agora voltou em tamanho maior para atacar as plantações/ Foto: Reprodução

Dados da Secretaria de Agricultura de Cruzeiro do Sul, revelaram que o ataque na lagarta nas plantações de macaxeira resultou na perda de 50% na qualidade e quantidade da produção.

Segundo relatos do produtor rural Alzenízio da Silva, agora, com o tamanho maior, a ameaça da lagarta se torna ainda mais perigosa.

“Quando começou o ataque fiquei perdido. Não tínhamos muita informação, pois algo semelhante aconteceu a cerca de cinco meses atrás. Mas naquela época as lagartas estavam pequenas, facilitando o controle. Agora, com o Mandarová maior, o uso de pulverizadores seria praticamente impossível para o controle”, disse o produtor.

Ele relatou, ainda, ter 10, dos 26 hectares total da sua plantação, afetados pela praga, prejudicando, assim, sua principal fonte de renda.

O que é mandarová?

A lagarta mandarová só precisa de poucos dias para devorar uma plantação inteira. A mandarová é uma das pragas mais perigosas na cultura da mandioca. Ela passa por cinco fases de desenvolvimento e, quando não é detectada no início, pode destruir todo o roçado. O mandarová pode medir entre 2 e 12 centímetros.

Quando o desfolhamento ocorre em plantas jovens (dois a cinco meses), as perdas são maiores do que em plantas mais velhas (seis a dez meses). Além disso, as lesões e ferimentos causados pelas lagartas facilitam a penetração de doenças na planta.

Muitas vezes, a desfolha causada pelo mandarová nas culturas da mandioca não é suficiente para acarretar dano econômico, devido à capacidade de compensação das plantas para suprir a falta momentânea de folhas. Porém, os surtos verificados durante a década de 1990 ocasionaram perdas de produtividade estimadas em torno de 50% a 60%.

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