Neri diz que foi tachada de traidora e rancorosa por dirigentes do PP ao não apoiar Bocalom-Alysson

Lendo uma carta aberta de mais de 5 páginas, Socorro declarou que sofreu violência política de gênero

A deputada federal Socorro Neri convocou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (3) para falar sobre as recentes polêmicas envolvendo o Progressistas e o apoio à reeleição de Bocalom (PL), a partir da decisão do partido de desistir da candidatura de Alysson e colocar o nome do secretário de Governo como vice na chapa do atual prefeito.

Lendo uma carta aberta de mais de 5 páginas, Socorro declarou que sofreu violência política de gênero ao ser contra a possibilidade do Progressistas não ter candidatura própria na disputa pela Prefeitura de Rio Branco.

Socorro Neri em coletiva à imprensa, nesta sexta-feira/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Na coletiva, a deputada disse que foi forçada a colocar o nome à disposição do Progressistas para disputar o cargo mais uma vez. Porém, novamente, não foi respeitada pelos dirigentes do Progressistas.

“Não é natural e nem aceitável que uma parlamentar não possa exercer o seu direito de se posicionar e de emitir sua opinião sobre os rumos do partido ao qual está filiada. E irracional que uma deputada federal coloque o seu nome à disposição do partido, para que este não fique sem candidato próprio na capital do estado, e receba como única resposta mais uma forte tentativa de desmoralização pública, patrocinada pelo dirigente regional”, disse.

A deputada, que deixou cargo de presidente da Executiva Municipal do partido, declarou ainda que foi taxada de inúmeras ofensas ao ser contrária à aliança Bocalom/Alysson.

“Minha posição em defesa do fortalecimento do Progressistas tem sido clara e não deixa margem para que a reduzam a “problemas pessoais com Bocalom” e tentem me rotular de ser uma “mulher mal amada” e “rancorosa”; além de “ingrata” e “traidora” por estar me posicionando de forma contrária a uma decisão tomada pelo presidente regional”, completou.

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