Rio Acre pode chegar a menos de 2 metros ainda nesta semana, prevê Defesa Civil

Falcão disse ainda que é possível que nesta quarta-feira (12), o rio já alcance esta marca

O Rio Acre pode chegar a menos de 2 metros na capital acreana ainda nesta semana, segundo previsão da Defesa Civil de Rio Branco. Nesta terça-feira, o manancial amanheceu com a régua medindo 2,08 metros. Há nove dias consecutivos o órgão registra diminuição no nível das águas na capital.

Em entrevista exclusiva ao ContilNet, o diretor de Administração de Desastres da Defesa Civil, o tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a previsão anterior era que o manancial chegaria a uma cota menor de 2 metros na segunda quinzena de junho. “Da maneira que está hoje, que ainda é dia 11 de junho, eu creio que antes de terminar a primeira quinzena do mês de junho a gente já chegue em um nível abaixo dos 2 metros”, disse.

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Ainda no mês de maio, já foi possível observar o baixo nível do Rio Acre, quando o manancial atingiu a menor cota para o período dos últimos 10 anos/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Falcão disse ainda que é possível que nesta quarta-feira (12), o rio já alcance esta marca. A primeira quinzena de junho termina neste sábado (15).

O diretor do órgão apontou ainda que um afluente do Rio Acre, o Espalha, no Seringal Belo H., já está abaixo de 1 metro, registrando nesta terça-feira (11) a marca de 97 centímetros, estando como ponto de monitoramento em alerta máximo na Bacia do Rio Acre, segundo o Monitoramento Hidrometeorológico. O Espalha fica entre a capital Rio Branco e o município de Xapuri.

Menor cota dos últimos 10 anos

Ainda no mês de maio, já foi possível observar o baixo nível do Rio Acre, quando o manancial atingiu a menor cota para o período dos últimos 10 anos.

Segundo o diretor, a Prefeitura de Rio Branco deve decretar estado de emergência por estiagem no próximo mês.

Abaixo da cota de dois metros o rio é considerado intrafegável, já que a navegação fica dificultada em razão do baixo nível. Outros reflexos da seca também são o escoamento da produção ribeirinha, falta de água em comunidades rurais e a dificuldade na captação de água na zona urbana.

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