Em um relato contundente compartilhado neste domingo (10), o ativista social Francisco Panthio trouxe à tona a realidade de abandono enfrentada por Ivanildo Barata, mais conhecido como “pai me dá um real”. Conhecido por frequentar o centro de Rio Branco, Ivanildo foi registrado dormindo em frente a uma loja na avenida Sobral, evidenciando a situação crítica que pessoas em situação de rua enfrentam na cidade.
Nas imagens, Panthio denuncia a falta de políticas concretas para o amparo dessas pessoas, criticando a “negligência e irresponsabilidade do poder público” frente ao aumento e à vulnerabilidade da população em situação de rua.
Pai me dá um real é o símbolo da omissão e o descaso dos poderes no Acre, quando o assunto é problemáticas de moradores em situação de rua. Entra ano e sai ano, eles não acansam de fazer audiências, matérias para imprensa e pouca ação. Não podemos deixar de denunciar essa negligência criminosa e desumana, de quem tem na teoria a capacidade de entrar fundo no problema”, desabafou.
A situação de Ivanildo não é recente. Em maio de 2022, ele foi submetido a uma internação compulsória pela Justiça acreana devido à gravidade de sua situação, mas fugiu do hospital dias após o início do tratamento.
Com histórico de episódios polêmicos, ele já foi alvo de denúncias por comportamentos inapropriados e apresenta sinais claros da dependência química e de desorientação. Ainda assim, as medidas adotadas até o momento não foram suficientes para fornecer a ele e a outros em situação de rua uma assistência eficaz.
Esse cenário reflete um problema mais amplo em Rio Branco, já discutido anteriormente por cidadãos e comerciantes. Claudia Castro, gestora do Café do Teatro, afirmou recentemente que o aumento da população de rua no centro da cidade tem prejudicado as vendas e intimidado a clientela. Segundo a empresária, a insegurança dos clientes, que muitas vezes relatam abordagens agressivas, tem afastado o público e prejudicado a movimentação do comércio.
Relembre o caso: Aumento de pessoas em situação de rua tem prejudicado vendas em Rio Branco, diz empresária
Em resposta, o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos de Rio Branco, Wellington Chaves, afirmou que a prefeitura mantém ações de acolhimento e reintegração para essas pessoas, além de reforçar a colaboração com os órgãos de segurança do estado para lidar com as questões de ordem pública no centro. Contudo, o impacto dessas ações, segundo Panthio e outros cidadãos, parece insuficiente diante do problema crescente.
Veja o vídeo: