A Dra. Célia Rocha, pneumologista com CRM 127/AC, em um vídeo divulgado em suas redes sociais, destacou a gravidade da tuberculose, uma das doenças infecciosas mais antigas e letais do mundo.
Segundo a especialista, a doença ainda é um problema de saúde pública global, causando cerca de 10 milhões de casos e 1,5 milhão de mortes por ano em todo o mundo. No Brasil, são registrados 80 mil casos e cerca de 6 mil óbitos anualmente.
“A tuberculose mata muita gente. É um problema sério e pode acometer não apenas o pulmão, mas também outros órgãos, como os olhos, rins, intestino e órgãos ginecológicos. Ela precisa ser levada a sério e tratada adequadamente”, enfatizou a Dra. Célia.
Sintomas e diagnóstico
Os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, emagrecimento, inapetência, febre, cansaço excessivo e, em alguns casos, escarro com sangue.
“O paciente pode apresentar uma certa fadiga e tosse que, se não tratada, pode evoluir para casos mais graves, incluindo a transmissão de cepas resistentes”, alertou.
O diagnóstico da tuberculose é realizado por meio de exames radiológicos e do exame de escarro, que consiste em analisar três amostras coletadas do paciente.
“É um diagnóstico simples e eficaz, e está amplamente disponível no sistema de saúde pública”, explicou.
Tratamento e prevenção
A pneumologista reforçou que o tratamento, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é altamente eficaz, mas requer disciplina.
“Geralmente, usamos três ou quatro medicamentos específicos por um período de seis meses ou mais, dependendo da gravidade do caso. Essa medicação é fornecida gratuitamente nos postos de saúde. Mas o paciente precisa seguir o tratamento rigorosamente, sem falhas, para evitar o risco de desenvolver tuberculose resistente”, destacou.
Abandonar o tratamento, mesmo que os sintomas diminuam, pode levar a complicações graves.
“Quando o paciente para de tomar os medicamentos por conta própria, ele pode desenvolver uma forma resistente da doença. E o pior: ao contaminar outra pessoa, ele transmite essa forma resistente, dificultando ainda mais o controle da doença”, alertou a médica.
Apoio e conscientização
A Dra. Célia também enfatizou a necessidade de conscientização da população sobre a doença e o papel das autoridades de saúde.
“A tuberculose é mais comum em populações vulneráveis, como pessoas em situação de rua, encarcerados e aqueles que vivem em locais com alta densidade populacional. Todos precisam ter acesso ao tratamento e à informação correta para prevenir a disseminação da doença”.
Para pacientes que suspeitam estar com tuberculose, a especialista recomenda procurar imediatamente um pneumologista ou um posto de saúde.
“O tratamento é eficaz e está à disposição. Estou aqui para ajudar e orientar”, concluiu.
Veja o vídeo: