Os policiais militares Dênis Antonio Martins e Fernando Genauro da Silva, apontados como o autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach e o motorista do carro usado na execução, respectivamente, prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na região central de São Paulo, na tarde desta terça-feira (21/1).
A Polícia Civil também ouve Maria Helena Paiva Antunes, namorada de Gritzbach. Ela estava com o empresário no momento em que ele foi assassinado com tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Entenda
- O tenente Fernando Genauro da Silva foi preso nesse sábado (18/1), apontado como motorista do carro usado para cometer o crime.
- Genauro e Dênis teriam trabalhado juntos em um batalhão que pertence ao Comando de Policiamento de Área Metropolitana Oito (CPA-M8).
- O Comando é responsável por cidades da Grande São Paulo como Osasco, Carapicuíba e Barueri.
- Além do tenente Genauro, o irmão dele, que também é policial militar, também teria atuado com Dênis em um outro batalhão.
- A ligação entre o tenente e o policial apontado como atirador que matou Gritzbach estaria entre os indícios levantados pela investigação da polícia para sugerir uma possível proximidade entre os dois suspeitos.
- Na última quinta-feira (16/1), o corregedor da Polícia Militar, Fabio Sergio Amaral, afirmou em coletiva de imprensa que Dênis tinha um comparsa na corporação, sem identificar quem seria.
- A investigação tenta entender a relação de amizade entre a namorada dele, Maria Helena Paiva Antunes, e uma suposta companheira de um dos principais suspeitos do crime, o traficante Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreiro e Bill.
- De acordo com as investigações, a namorada de Gritzbach e “Yaya”, como era conhecida a companheira de Cigarreiro, conversavam frequentemente via WhatsApp. Ambas são modelos e influencers.
- Até o momento, 16 policiais militares foram presos durante as investigações sobre a morte de Vinícius Gritzbach. Na última quinta-feira (16/1), foram 15 prisões, incluindo a de Dênis, apontado como o executor do empresário delator da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
- Entre os detidos estão ainda 14 policiais que prestavam escolta privada ao empresário apesar do histórico criminal conhecido de Gritzbach. Eles também são investigados por suspeita de ligação com o PCC, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
- No sábado, a Polícia prendeu o 16º agente da corporação, o tenente Fernando Genauro da Silva, apontado como motorista do carro usado para cometer o crime.
- Gritzbach foi assassinado em novembro de 2024, em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O empresário de 38 anos era jurado de morte pelo PCC.
- Durante uma delação, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar extorsões cometidas por policiais civis. Tanto eles quanto PMs investigados foram afastados das funções.
- Na quinta-feira (16/1), uma operação da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) que investiga integrantes da corporação suspeitos de terem envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) prendeu 15 policiais militares.
- A Corregedoria da PMSP iniciou a Operação Prodotes após receber uma denúncia anônima, em março de 2024, que mencionava supostos vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC.
- A investigação da Polícia revelou que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar do histórico criminal dele, o que levanta a suspeita da participação de PMs na organização criminosa.
- As apurações também demonstraram que informações estratégicas teriam sido vazadas por policiais militares da ativa, da reserva e ex-integrantes da corporação, o que permitia a integrantes do PCC evitarem prisões e prejuízos financeiros.
- Entre os agentes presos na quinta-feira está o policial militar da ativa Dênis Antonio Martins, suspeito de ser o autor dos disparos que mataram o delator do PCC.