Em denúncia divulgada nas redes sociais nesta sábado (14), logo após a nota onde afirmava que “presídios se tornaram barril de pólvora”, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindapen-AC), Lucas Bolzoni, afirmou que o setor administrativo do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) estaria coagindo os agentes provisórios a tirar serviço extra (banco de horas) nas unidades prisionais de Rio Branco.
A denúncia vem logo após a Operação Cascata, movimento organizado e iniciado pelo sindicato na última sexta-feira (13).
BANCO DE HORAS
O conflito instaurado entre o Instituto e o Sindapen tem como base a reivindicação dos agentes penitenciários ligada ao banco de horas. De acordo com Bolzoni, a categoria possui, atualmente, o menor serviço extraordinário (banco de horas) de toda a Segurança Pública, sendo este no valor de R$ 15,75.
“Sob ameaças de demissão, estes pais de família estão tendo que dobrar os plantões, chegando a cumprir até 36 horas ininterruptas de serviço. A coação, que beira à escravidão, é desumana e ilegal”, destacou Bolzoni.
LEIA NA ÍNTEGRA O COMUNICADO OFICIAL:
A Administração do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) está coagindo Agentes Penitenciários previsórios a tirar serviço extra (banco de horas) nas Unidades prisionais de Rio Branco, de modo a manter a maquiagem que a administração tenta fazer do caos que se tornou o sistema penitenciário acreano.
Sob ameaças de demissão, estes pais de família estão tendo que dobrar os plantões, chegando a cumprir até 36 horas ininterruptas de serviço. A coação, que beira à escravidão, é desumana e ilegal, uma vez que descumpre a necessidade descanso obrigatório consolidado na legislação.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários deve encaminhar essas denúncias aos órgãos competentes.
Já vivemos constantemente sob as ameaças de grupos criminosos. Não será uma administração tirana e déspota que irá nos calar.
Rio Branco, Acre – 14 de Julho de 2018.
Lucas Bolzoni
PRESIDENTE SINDAPEN