Um dos relatos mais emocionantes da audiência pública promovida nesta quarta-feira (8), promovida por requerimento do deputado estadual Daniel Zen (PR), na Assembleia Legislativa, foi o de Andréia Paulochen, irmã de Adriana, de 23 anos, morta em 9 de julho de 2021.
Adriana é mais uma vítima de feminicídio no Acre. Ela foi assassinada com duas facada e foi estrangulada pelo ex-companheiro, Hitalo Marinho Gouveia, de 33 anos, no bairro Estação Experimental, em Rio Branco.
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“Ele a traiu com a melhor amiga e ainda tirou a vida dela com duas facadas nas costas e a estrangulou até o último suspiro”, detalha Andréia, em lágrimas.
Adriana deixou um filho de seis meses, fruto da relação com Hitalo. A criança hoje é cuidada por Andréia, que diz que o filho sempre foi o sonho da irmã.
“O último pedido dela é que eu cuidasse do filho dela, que era o sonho dela ter esse filho. Ele está crescendo sem ela”.
Andréia disse que entrou em uma depressão profunda após a morte repentina e violenta de Adriana e citando o próprio exemplo chamou a atenção das autoridades para cuidar das família das vítimas de feminicídio.
“Não gostaria de estar aqui hoje, é muito doloroso para mim, mas o que está acontecendo aqui é um exemplo. Quero pedir que as pessoas olhem também pelas famílias das vítimas que precisam de ajuda, de psicólogos. Eu tive que ir atrás de ajuda para lidar, e encontrei o CAV, que me deu muito suporte”, diz.
Ela pediu ainda que a luta para diminuir os índices de violência contra a mulher seja fortalecida pelas autoridades.
“Peço que a luta continue, pois nessa história quem perde são as mulheres presas numa cova, sem direito a visita, amor da família, do filho. Que lembrem das nossas mulheres que são torturadas, mortas. A gente sofre, os filhos sofrem, sentimos a dor que é perder uma pessoa querida”, pontuou.