E o mundo… mudou?: um artigo sobre startups e as necessidade de novas tecnologias

No seu ambiente profissional, você já deve ter ouvido que para inovar é preciso muito investimento e alto grau de especialização. Será que isso ainda é mesmo verdade? Essas afirmações foram difundidas por décadas, e formam hoje o imaginário coletivo das empresas e empreendedores no Brasil. Porém, com as facilidades digitais, a quantidade de conteúdos disponíveis e o acesso facilitado à informação, o contexto para atingir a inovação mudou muito. Vivemos a era da Revolução Digital, e através dessa lógica empreendedores e empresas vêm promovendo inovações cada vez mais significativas e que afetam as nossas vidas.

Fazendo um paralelo rápido, compare a forma como você vivia seu dia a dia há 10 anos, e a forma como você vive hoje. À primeira vista, você pode considerar sua rotina diária parecida… Mas a forma como você ouve música, se desloca de um ponto A ao B, faz movimentações financeiras, conversa com amigos e consome notícias é completamente diferente. E esse ritmo não vai ser reduzido. Tecnologias como a Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Realidade Aumentada vêm para modernizar, agilizar processos e facilitar nossas vidas através de soluções domésticas e comerciais. A vida vai mudar ainda mais, dentro das nossas casas, escritórios e cidades, e essa revolução está só começando.

Quase sempre, os responsáveis por essas mudanças são as empresas digitais e as startups. Elas surgem com uma ótica diferente de negócios quando comparadas ao mercado tradicional, porque são empresas jovens que vêm na vanguarda do verbo “Compartilhar”: a lógica do “ter” está sendo substituída aos poucos pela do “viver”. Estas são as NOVAS empresas, que são movidas por um propósito maior: oferecer experiências, compartilhar aprendizados e fornecer novos caminhos. Ao usar os produtos e serviços dessas empresas, você percebe que pode ter ganhos sociais, ambientais e principalmente econômicos.

Para se ter uma ideia do impacto gerado pelas startups no mundo de hoje, podemos observar a economia atual e as previsões para os próximos anos. Por exemplo, 65% das crianças em idade escolar irão trabalhar em funções e profissões que não existem hoje, e mais de 800 milhões de trabalhadores vão perder seus empregos graças à automação. A boa notícia é que boa parte dessas pessoas continuará no mercado de trabalho, mas realizando novas funções que as máquinas não realizam tão bem, como tarefas que exigem improvisação e a interação com clientes.

Se você já ouviu falar de Bitcoin e outras criptomoedas – algo parecido com dinheiro digital, armazenado na nuvem e sem uma entidade reguladora – percebeu que a capacidade de desenvolver políticas monetárias e cobrar impostos está sendo gradualmente retirada do Estado. Setores tradicionais como o da Educação estão em plena adaptação para não serem levados à bancarrota total. A Administração Pública é outro setor que busca soluções para não se tornar obsoleta com a revolução tecnológica.

Estamos vivendo uma nova era, em que as fronteiras fazem muito pouco sentido, e os governos, moedas e línguas estão frágeis como nunca antes. O perfil empreendedor passou a ser quase tão requisitado pelas empresas quanto o domínio de uma segunda língua… Mas voltar a estudar não adianta muito: menos de 40% das universidades oferecem formação empreendedora, e somente 6% tratam este tema de forma mais abrangente e multidisciplinar. 50% dos professores que são considerados referência em empreendedorismo nunca empreenderam nem geriram seus próprios negócios.

A pergunta que faço agora é: diante disso tudo… onde você está? O que vai precisar mudar no seu planejamento profissional ou empresarial? Dedique seriamente um tempo para encontrar essa resposta. Porque mesmo com todas as distorções que estamos acostumados a ver à nossa volta, o movimento da inovação vem contrariando a lógica tradicional: ele tem vindo dos cantos mais inesperados do país, proposto por empreendedores jovens e com uma mentalidade diferente da velha escola. Para correr atrás desse atraso e fomentar ainda mais iniciativas como startups (propostas dentro ou fora de empresas existentes), o país precisa reestabelecer políticas públicas que incentivem a inovação, inclusão e empreendedorismo como instrumento de transformação. Somente assim poderemos reposicionar o Brasil na economia mundial, e decidir que o país do futuro virou presente.

Alex Lima é Gestor do Projeto de Startups do Sebrae no Acre

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