denúncia grave
Após a retirada de famílias que moram no bairro Taquari para a Cidade do Povo, casas abandonadas do bairro que não foram demolidas pelo Estado têm se transformado em abrigos para viciados de crack e outras drogas, além de espaço para prostituição sexual.
A denúncia feita por moradores do bairro foi confirmada por uma visita in loco da reportagem da ContilNet Notícias na tarde de quinta-feira (8).
De acordo com a denúncia, a situação de maior gravidade é nas proximidades da ponte que dá acesso ao bairro, ligando-o ao bairro Triângulo Novo, onde eles dizem que as casas da proximidade se transformaram em abrigos diurnos para os viciados em droga, fazendo com que a área ficasse intransitável.
“A situação é muito complicada, pois agora, os viciados invadiram estas casas e se amontoam aí, dia e noite, para usar droga e manter relações sexuais. As pessoas estão com medo de andar pelas ruas do bairro”, afirmou Maria do Socorro Souza.
Segundo Maria do Socorro Souza, há casos em que os viciados até demoliram parte das casas para vender a madeira.
“A gente já viu de tudo; quando eles não têm mais o que fazer, nem a quem roubar, eles usam até as madeiras para vender e ninguém toma uma providência. Taquari é um lugar esquecido”, frisou.
Já se aproximava das 14 horas de quinta-feira quando a reportagem da ContilNet Notícias chegou ao bairro Taquari e pôde constatar de perto o abandono, seguido de invasão das residências do bairro.
Nas proximidades da ponte que liga o bairro ao Triângulo Novo, há casas abandonadas nas quais os viciados se aglomeram para usar entorpecentes.
A reportagem presenciou o exato momento em que dois homens e uma mulher se aproximaram da residência recém-desabitada, portando papelotes de drogas e bebidas alcoólicas.
Por telefone, o secretário de Habitação, Rustênio Ferreira, afirmou que há um constante monitoramento para que as casas desocupadas não voltem a ser habitadas.
Famílias já foram retiradas, mas as casas ainda não foram demolidas pelo Estado/Foto: ContilNet Notícias
Ele disse também que, em breve, as casas serão demolidas e a área desabitada será reflorestada e se transformará em Área de Proteção Ambiental (APA).
“Estas áreas não são próprias para habitação e, portanto, serão reflorestadas. Quanto à demolição das casas, será feita em uma parceria com a Prefeitura de Rio Branco, e logo serão demolidas”, diz.
