26 de abril de 2024

Crise moral pesa nesta hora, diz Socorro Neri sobre possível candidatura à prefeitura

socorronerientrevista

socorroneriHá um ano das convenções visando a eleição de 2016, ContilNet dá início a entrevistas sintetizadas com os possíveis candidatos à prefeitura de Rio Branco anunciados pelos partidos e coligações. A série é aberta com uma conversa informal com Socorro Neri, ex-vice-reitora da Ufac. Ela é professora da universidade há 18 anos, nasceu em Tarauacá e chegou em Rio Branco em 1980. Possui mais de 30 anos de serviços prestados aos governos federal, estadual e municipal e deve ser a candidata a prefeita pelo PSDB, segundo indicação do partido tucano na última semana.  

O presidente da Executiva Municipal do PSDB, Francisco Nazareno, exaltou o passado probo, sem manchas, da professora, e o seu trabalho em defesa da capital do Acre, em particular, e no geral pelo Acre. “A Socorro em muito contribuiu para a diminuição da pobreza e em defesa da inclusão social no estado. Não responde a nenhum processo em qualquer instância judicial, ao contrário de muitos com bem menos tempo de serviços”, disse o dirigente tucano.
“Tenho convicção de que em cada uma dessas funções servi aos interesses institucionais e da sociedade, e não a interesses de grupos ou de partidos; agindo com ética, seriedade e transparência na condução da coisa pública”, afirmou a professora.

Carismática e paciente, Socorro Neri faz agradecimentos ao partido, aos amigos e desconhecidos que aplaudem a escolha de seu nome nas redes sociais, mas prefere a cautela antes de se apresentar como possível pré-candidata à prefeitura de Rio Branco.  Leia:

ContilNet – O que lhe veio na mente ao receber o convite para filiar-se ao PSDB?

Socorro Neri – Ao receber o convite, a primeira vontade que tive foi a de declinar e dar sequência ao trabalho que desenvolvo na UFAC, onde sou professora desde 1997. Entretanto, como moro em Rio Branco desde 1980, quando vim de Tarauacá, onde nasci, e conheço bem nossa cidade e sei de seus contrastes, desigualdades e deficiências, decidi avaliar o convite. Estou conversando com minha família e meus amigos, e nessas conversas tenho percebido que é latente o desejo de mudança. Sou apenas uma filiada partidária.

Como a senhora avalia o contexto político atual em Rio Branco?

O contexto atual, de grave crise moral, política e econômica, exige que pessoas que se sintam em condições de contribuir, participem da política a assumam a responsabilidade de reorientá-la para o bem comum, para que ela sirva de efetivo instrumento de mudança social. Eu acredito na possibilidade de compartilhar na gestão pública aquilo que Mário Covas dizia, ao se referir à política: “é possível conciliar política com ética, com honra e com mudança”.
Nós do PSDB, que somos oposição aos governos do PT nos planos nacional e local, temos a obrigação de, na eleição de 2016, apresentar uma alternativa real de mudança, e estou certa de que faremos isso. A decisão de quem vai liderar esse processo é do partido e será tomada com serenidade e no momento adequado.
socorroneriprefeitura
Fale sobre renovação…

Considero corajosa e feliz a iniciativa dos dirigentes do PSDB em buscar renovar os seus quadros, trazendo nomes novos para o debate sobre a eleição municipal de 2016. Há outros nomes sendo avaliados, além do meu, e no momento certo o partido decidirá por aquele que melhor represente o que o partido pensa sobre a governança municipal.

Na convenção do PSDB, não haveria outro nome para disputar com a senhora. Como vê isso?

O partido se descola da preocupação com o ponto de partida, em termos de memória eleitoral do candidato ou candidata, e decide ouvir a voz das ruas que anseia por renovação não apenas de nomes ou de markentig eleitoral, mas real: de projeto, de posturas e de procedimentos. A inclusão do meu nome no debate é um reconhecimento dos dirigentes tucanos à capacidade de gestão que demonstrei nas funções que exerci nas três esferas de governo. Sou grata por reconhecerem, ainda, à minha formação acadêmica e à minha postura como profissional e como pessoa.

Quem é Socorro Neri?

Até março deste ano, respondi pela pró-reitoria de graduação da Ufac. Fui também vice-reitora da universidade e diretora de extensão. Na prefeitura de Rio Branco fui secretária de Assistência Social, de outubro de 2002 a dezembro de 2004, e coordenei um trabalho que é considerado, pelos profissionais da área, como um marco no âmbito da Assistência Social do município, além de ter dirigido os Departamentos de Pessoal e da Criança e do Adolescente. E no governo do Estado, dirigi o Departamento de Ensino Supletivo que, à época, coordenava a formação inicial de professores e a educação de jovens e adultos. Concomitante ao trabalho, me graduei em Pedagogia e cursei mestrado e doutorado em Educação, em universidades de reconhecida excelência acadêmica, a UFRJ e a UFMG, respectivamente.

Tive enorme prazer em ser superintendente regional da Legião Brasileira de Assistência Social (LBA), entre 1993 e 1994. Naquela época, conseguimos expandir as metas de inclusão social, em especial as voltadas para a educação infantil, com a oferta de creches. Foi um momento emocionante, que guardarei como uma das boas práticas administrativas que mais alcançou as populações carentes na ápoca.

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