Às 10h30, a moeda norte-americana subia 1,25%, vendida a R$ 3,3863. Veja a cotação do dólar hoje.
A moeda chegou a R$ 3,45 na máxima da sessão, alta de 3,15% e equivalente a mais de 10 centavos, segundo a Reuters.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 2,74%, a R$ 3,4362
Às 9h30, alta de 2,35%, a R$ 3,4234
Às 9h39, alta de 2,02%, a R$ 3,4122
Às 9h49, alta de 1,71%, a R$ 3,4019
Às 10h, alta de 1,29%, a R$ 3,3879
Investidores vinham apostando que a campanha pela permanência na UE seria vitoriosa, o que trouxe o dólar abaixo de R$ 3,35 pela primeira vez em um ano na véspera.
“O mercado sangrou um pouco do referendo e teve que desfazer parte do otimismo dos últimos dias. Mas o movimento é mais um ajuste do que um pânico generalizado”, disse o economista da corretora Renascença Marcos Pessoa à Reuters.
O referendo apresentou placar apertado de 51,89% contra 48,11% e forçou a renúncia do primeiro-ministro David Cameron. Analistas temem que a decisão possa atingir investimentos na quinta maior economia do mundo, ameaçar o papel de Londres como capital financeira global e gerar meses de incertezas políticas.
Ativos considerados portos-seguros, como ouro e títulos alemães, disparavam, enquanto a libra esterlina despencou ao menor nível em 31 anos frente ao dólar. Em relação ao fechamento do real na quinta-feira, a libra caía cerca de 7%.
No entanto, a pressão sobre o câmbio era limitada pela perspectiva de novos estímulos de bancos centrais estrangeiros e até mesmo a possibilidade de o Federal Reserve, banco central norte-americano, postergar o aumento de juros.
“Quando a poeira baixar, acreditamos que a decisão (do Reino Unido de deixar a UE) não deve ter efeito sustentado, especialmente fora do centro da Europa e do leste europeu”, escreveram analistas do banco Societé Générale em relatório.
Banco Central
Em nota, o Banco Central brasileiro destacou que está monitorando os mercados financeiros após o referendo e que, caso necessário, “adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal dos mercados financeiro e cambial”.
“O BC ganhou no gogó, conseguiu tranquilizar um pouco o mercado. Não vai precisar usar qualquer ferramenta, seja swap ou linha”, disse o operador de um banco nacional que opera diretamente com a autoridade monetária, referindo-se aos swaps cambiais, que equivalem a compra ou venda futura de dólares.
O BC tem atuado muito pouco nos mercados cambiais nas últimas semanas, realizando apenas dois leilões de linha para rolagem desde 19 de maio.