26 de abril de 2024

“O prazo do mandato da executiva do PSDB expirou”, afirma ex-dirigente

O ex-tesoureiro do PSDB, Edson Bittar, disse que o mandato da última direção regional expirou no último dia 17 e, por causa do fraco desempenhou eleitoral, os dirigentes não puderam realizar uma convenção ou a prorrogação do mandato. “Fomos punidos e estamos aguardando a direção nacional nomear uma comissão provisória”, esclareceu o dirigente, exibindo a certidão da Justiça Eleitoral.

Em todo o Estado o encolhimento foi considerável em comparação com as eleições municipais de 2012. A legenda perdeu um em cada quatro eleitores em todo o Estado do Acre. Por quase uma década, a legenda tucana foi a maior entre as agremiações de oposição no Acre.

A trajetória de crescimento do partido foi marcada pelas gestões de Tião Bocalom e Marcio Bittar. Nesse período, Bocalom foi o primeiro candidato tucano a governador no Acre, nas eleições de 2006, pela coligação ‘Produzir para empregar’. O ex-prefeito de Acrelândia saiu de 35 mil votos em 2006 para 165 mil votos na disputa pelo governo em 2010, quando obteve 49,18% das intenções de votos.

Em 2012, sob a direção de Marcio Bittar, o PSDB se consolidou como a grande força política do Estado. O partido teve candidatos a prefeito em 15 municípios e obteve como resultado das urnas o total de 118.640 votos. Seis prefeitos foram eleitos em regiões estratégicas como o Alto Acre, onde, das quatro cidades disputadas, os tucanos venceram em três: Assis Brasil, Epitaciolândia e Xapuri.

Por último, em 2016, o PSDB disputou apenas oito prefeituras, elegendo apenas dois prefeitos: o de Assis Brasil (Zum) e Plácido de Castro (Gedeon Souza). A legenda obteve apenas 35.022 votos, um dos piores resultados dos últimos tempos. Se comparados com a eleição anterior, comprova-se que o PSDB perdeu um em cada quatro eleitores, encolhendo drasticamente a sua representatividade em todas as cidades.

Em Rio Branco, os números são mais expressivos ainda. O partido saiu de uma eleição disputada em 2012, com o candidato Tião Bocalom, obtendo 77 mil votos, para uma disputa acanhada, pífia, de apenas nove mil votos, ficando em último lugar na somatória total dos votos válidos. O PSDB, que tinha três vereadores na Capital, perdeu dois para os partidos PV e PP.

“Se o Francineudo Costa tivesse sido candidato a prefeito, o PSDB teria ultrapassado os 9% definidos pela executiva nacional e hoje o Major Rocha estaria tranquilo no mandato de presidente regional”, opinou um filiado, que pediu para não teria revelado.

No segundo maior colégio eleitoral do Acre, Cruzeiro do Sul, o partido também amargou uma grande derrota, ficando em último lugar na disputa majoritária. Além disso, o PSDB não conseguiu eleger nenhum vereador. Nas vinte e duas cidades, o partido conseguiu eleger apenas 16 vereadores. Em 2012 os tucanos elegeram 28 vereadores, tornando-se a maior bancada da oposição.

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