Índias do Acre criam coleção a partir de transe com a ayahuasca

“Povo pioneiro no Acre, ao tornar uma mulher pajé de uma tribo, em 2006, as índias Yawanawá estão nas vitrines da moda, de Miami (EUA), para onde enviam acessórios de miçangas desde 2015, às do Brasil, com uma coleção feita em parceria com a marca Farm”. O enunciado é de uma reportagem da Folha de São Paulo.

O site destacou o sucesso da produção dos povos e falou sobre o processo de concepção das peças feitas em parceria com a grife carioca. De acordo com a Folha, em conversa com índias, as formas gráficas das pulseiras e dos brincos, assim como a mistura de cores usada nas peças da parceria com a grife carioca, são colhidas por elas em rituais.

Quando tomam a ayahuasca, as índias trazem referências do que enxergam a partir do suposto contato com seus antepassados. Os negócios da tribo são geridos por Julia Yawanawá, irmã da pajé, Katia.

“Criamos uma rede de 80 mulheres que, hoje, são responsáveis por comprar as necessidades básicas da casa”, afirma Julia.

Foto: Reprodução

O sucesso das peças já chegou à Europa, tendo a França como um dos principais compradores. A tribo começa a trabalhar com sementes, a partir do beneficiamento do açaí, para criar colares. Entre as referências do trabalho criativo, Julia explica que o dégradé das peças, com várias tonalidades de azul e amarelo, simbolizam o contato com Awavena, grande espírito feminino.

“Nossa ideia é trazer a beleza espiritual para o plano material”, diz a artesã.

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