Aos 52 anos de idade, a presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Jeanine Áñez, deverá ser a próxima presidente do país, sucedendo o ex-presidente Evo Morales, que renunciou ao mandato no último domingo depois de 13 anos no poder. Jeanine Áñez deverá fazer um governo transitório e convocar novas eleições presidenciais. A posse da parlamentar afastaria as especulações de que a Bolívia voltará a cair numa ditadura militar.
Jeanine Áñez chega ao poder após uma série de renúncia dos integrantes da linha sucessória no país. Além de Morales, no domingo também renunciaram o vice-presidente Álvaro García e a presidente do Senado Adriana Salvatierra – todos ligados a Evo Morales. Na linha sucessória, a única legisladora de oposição ao regime imposto por Morales é Jeanine Áñez.
Ela nasceu em Trinidad, Departamento de Beni, na fronteira com o Estado brasileiro do Acre. Em 2010, foi eleita senadora da Bolívia pelo partido do Plano de Progresso para a Convergência Bolívia-Nacional (PPB – CN). Na última eleição (2015), ele participou como integrante do partido dos democratas.
Entre 2006 e 2008, atuou como membro da assembléia constituinte na elaboração da nova carta constitucional. Ela também participou da comissão de organização e estrutura do novo estado, trabalhando também por parte do Judiciário.
Añez está em Beni e anunciou que poderá viajar para La Paz na tarde desta segunda-feira (11) para convocar a Assembléia Legislativa para discutir a renúncia de Morales. Caso a renúncia seja aprovada – como deve ser -, será instalado um novo governo que terá a missão de convocar novas eleições dentro de um período de 90 dias, tempo em que Añez deve permanecer no poder .
