Após uma semana da morte de Jorge Fernando, Hilda Rebello tenta se recuperar da perda do filho. Segundo uma das cuidadoras da atriz, que tem 95 anos, ela constantemente chora e reproduz o último áudio enviado pelo diretor.
“Está difícil porque eles eram muito unidos. Ao ir e voltar das viagens, pedia a bênção da mãe. Ao retornar da Europa, ele disse que estava bem e iria vê-la no dia seguinte. Mas esse dia nunca chegou, e Hilda chora desde então”, diz Elisete.
Jorge Fernando voltaria aos palcos com novo espetáculo em janeiro de 2020
A funcionária conta que a atriz evita receber pessoas e falar ao telefone. Apesar de estar reclusa, Hilda vai participar da missa de sétimo dia em homenagem ao filho, que será realizada nesta segunda-feira, na Igreja de São Jorge, no Centro do Rio.
“Nós, cuidadoras, que informamos aos amigos sobre como ela está. O dia de Hilda se resume a tocar e olhar tudo o que remete a Jorge. Na sala, tem um quadro deles juntos, que ela fica admirando, e não larga um enfeite em forma de capela, dado por ele. Hilda vestiu neste sábado com uma blusa dada pelo filho há anos, que ele gostava de vê-la usando. Eles se falavam todas as noites. Agora, ela custa a dormir, se deita chorando e acorda no meio da noite, dizendo estar com um vazio”, descreve.
Jorge Fernando morreu no último dia 27, aos 64 anos, vítima de uma parada cardíaca, no hospital Copa Star, em Copacabana. Segundo um amigo da família, o diretor deu entrada no hospital na parte da tarde após se sentir mal. Em nota oficial, o hospital Copa Star afirmou que a parada cardíaca sofrida por Jorge Fernando se deu por conta de uma dissecção de aorta completa e que, apesar dos esforços, não foi possível reverter o quadro. Jorginho, como era conhecido entre amigos e colegas de profissão, ficou 20 dias internado para tratar uma inflamação no pâncreas, em 2016, e sofreu um acidente vascular cerebral em janeiro de 2017. Desde então, lutava para superar as sequelas que ficaram após o AVC.