Processo que poderia resultar na cassação de prefeito Ilderlei Cordeiro é adiado

O processo que tramita na Justiça Eleitoral do Acre no qual o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, e seu vice, Zequinha, são acusados de compra de votos na campanha eleitoral de 2016 e que poderia resultar na cassação de ambos e convocação de uma nova eleição no município, foi suspenso mais uma vez na manhã desta terça-feira (17). A juíza Mirla Regina, integrante do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e relatora do processo, decidiu retirá-lo da pauta e uma nova análise, se houver, só deve ocorrer em 2020, ano em que haverá novas eleições municipais e nas quais Ilderlei Cordeiro e Zequinha, se assim  permanecer o caso, devem concorrer novamente aos mesos cargos.

Ilderlei Cordeiro esteve presente à sessão e declarou que não teme uma decisão contrária porque, na época dos fatos, não teve qualquer participação no episódio. “Para se ter ideia, enquanto eu estive na reunião que resultou neste processo, na minha presença, ninguém falou em compra ou venda de voto. Se conversaram sobre isso, foi longe da minha presença, que, para a honra e glória de Deus, foi respeitada”, disse o prefeito. “Em mais de 20 anos de vida pública, eu nunca tive problemas com irregularidades, Nem  ninguém da minha família, incluindo meu pai (Ildelfonço Cordeiro), que foi deputado federal e nos deixou um legado de retidão de caráter”, disse à reportagem do ContilNet.

O processo contra o prefeito e seu vice tem origem na campanha eleitoral de 2016, quando o ex-deputado federal Vagner Sales (MDB), era um dos articuladores da campanha de Ilderlei e Zequinha. Consta que, numa reunião em busca de apoio ao candidato, Sales propôs a compra de apoio, por R$ 5 mil e mais cargos na futura administração, de um candidato a vereador. O candidato gravou a conversa e encaminhou os áudios ao então deputado federal Wherles Rocha, que acionou a Justiça Eleitoral. Com o passar do tempo, os dois se tornaram aliados, enquanto Ilderlei Cordeiro rompia com ambos e passaria a ser vítima de um processo que a época dos fatos foi iniciado por Rocha para prejudicar Wagner Sales. “Eu não tive nada a ver com a briga deles”, acrescentou Cordeiro, que mais uma vez não revelou se é de fato candidato à reeleição. “Se Deus me mostrar o caminho que devo ser, eu serei”, disse.

A sessão que adiou a análise do processo foi a última sessão do ano no TRE. Novas sessões só devem ocorrer a partir de  fevereiro de 2020, após o recesso do Judiciário. Nesta última sessão, o Ministério Público Eleitoral se manifestou contrário à  retirada do processo de pauta, mas a desembargadora Denise Bonfim, na condição de presidente da Corte eleitoral, decidiu que a justiça deveria acompanhar a relatora. O processo está sendo adiado para que se julgue um pedido de suspeição contra a juíza que o iniciou, em Cruzeiro do Sul.

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