“A vida é inegociável”, diz presidente do PT no Acre sobre atitude de Bolsonaro

Diante de uma crise nossos líderes eleitos democraticamente devem tomar medidas difíceis. Mesmo impopulares, são necessárias. Essas decisões por mais duras, devem ser tomadas levando em consideração, que o poder emana do povo e em seu nome ele é exercido e, portanto, devem atender os interesses do povo.

O pronunciamento do presidente na noite de ontem (24 de março), sugerindo o fim do isolamento social, minimizando os impactos da pandemia na saúde da população brasileira, colocando a economia como prioridade dividiu a sociedade.

De um lado, os que bradam que as decisões de Bolsonaro vão na contramão de todos as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e que acreditam que as decisões do presidente podem gerar uma catástrofe, com milhares de mortos.

Do outro, os que acham que os problemas enfrentados na economia, diante da paralisia geral da sociedade, podem ser mais graves e gerar mais mortes que o coronavírus. Por isso, defendem que tudo volte a funcionar “normalmente”.

Ora, momentos difíceis exigem decisões difíceis! E ambas visões, em minha singela opinião, defendem soluções simples para um problema complexo. Não basta manter a quarentena, como também não basta encerrá-la. Precisamos resolver os dois problemas, não apenas escolher um.

A vida é inegociável, acredito muito na ciência e na medicina moderna, por isso, não tem como não seguir a opinião dos especialistas e defender a manutenção da quarentena.

Porém, sobre o mesmo argumento, a vida é inegociável, acredito que os governantes devem encarar o problema econômico resultante da quarentena, com o Estado agindo como mediador social, fazendo quem tem mais ajudar quem tem menos.

Diante de uma situação tão grave, o cancelamento das eleições 2020 e a utilização do fundo nos programas de prevenção ao coronavírus é o mínimo que deve ser feito.

Porém se quisermos dar passos largos na busca de soluções efetivas, não basta a politicagem que todos estão fazendo falando do fundo eleitoral, devemos pensar em parar de pagar os juros da dívida pública para banqueiros e rentistas, ampliar a taxação de ricos e grandes fortunas entre outras medidas que podem ser fontes de arrecadação para custear a permanência na quarentena dos autônomos e subempregados.

Não tem nada haver com as eleições, esquerda ou direita, com defender Bolsonaro ou Lula, tem haver com a vida das pessoas e com a vida não se negocia.

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