20 de abril de 2024

Pai estupra a própria filha, de 15 anos, e a obriga a transportar drogas

Uma adolescente de 15 anos foi estuprada e obrigada a transportar drogas pelo próprio pai. A garota ainda foi obrigada a “namorar” com um homem de 26 anos, porque o pai estava interessado no dinheiro dele. O caso foi denunciado pela adolescente e sua mãe nessa quinta-feira (24). O crime aconteceu no município de Abadia dos Dourados, na região do Alto Paranaíba, próximo a Uberlândia.

A mãe da adolescente relatou aos policiais que o relacionamento com o suspeito já havia chegado ao fim há cinco anos. Segundo a mãe, quando tinha um relacionamento com o suspeito, ela era constantemente ameaçada de morte. Desde a separação, as filhas, de 15 e 11 anos, viviam com ela, porém elas decidiram morar com o pai no início deste ano.

A mulher notou um comportamento estranho nas garotas nos últimos meses, com quem só conseguia ter conversas “rápidas e evasivas”. Os recorrentes abusos sofridos pela adolescente foram descobertos por familiares, que informaram à mãe da garota. A mulher foi até Abadia dos Dourados, cidade de 6 mil habitantes, onde as filhas estavam com o pai e levou a adolescente até a delegacia, onde ela relatou as violências que sofreu.

Estupros recorrentes

Segundo a garota, os abusos começaram há cinco meses, quando o homem passou a mão pelo seu corpo, mas se disse arrependido. Porém, a garota continuou sendo estuprada pelo pai, até duas ou três vezes por semana. Ele alegava que a deixaria “namorar e ser livre”, no entanto, a adolescente passou a ser mantida em cárcere privado, sob ameaças de morte, caso ela revelasse os abusos para alguém. Em algumas ocasiões, a agarota era abusada durante as relações do pai com a atual companheira.

A garota relatou também que durante esses estupros, o pai chegou a fazer dois vídeos com ela. As imagens teriam sido apagadas posteriormente pela companheira do homem, que não reconheceu a adolescente e acreditava ser uma filmagem feita com uma ex-namorada. O último abuso antes da denúncia teria ocorrido há somente 15 dias.

Obrigada a ‘namorar’

O pai também obrigou a garota a manter um relacionamento com um colega de serviço, para conseguir a “confiança” do homem, de 26 anos, e poder usufruir do dinheiro dele no futuro. Quando a adolescente negou a proposta, ela foi agredida e forçada a aceitar o outro homem para um “namoro”.

A adolescente era obrigada a manter relações sexuais, enviar mensagens românticas e fingir que gostava do homem. Segundo a garota, o “namorado” não sabia que o relacionamento era uma farsa criada pelo pai.

Usando a garota, o homem conseguiu com que o jovem virasse seu “sócio”. Juntos eles compraram um veículo, em que somente o jovem teria investido dinheiro. Era nessa carro que a adolescente era levada escondida para motéis, com o “namorado”, o pai e a companheira.

Uso e tráfico de drogas

A garota revelou aos policiais que o “namorado”, o pai e a esposa faziam uso frequente de drogas ilícitas, inclusive na frente da irmã da vítima, de 11 anos. O grupo não era somente usuário das substâncias, como também traficavam entorpecentes da cidade de Uberlândia.

Mais uma vez, a adolescente era usada pelo pai e obrigada a transportar as drogas. O pai ainda orientava a menina a esconder as substâncias nas partes íntimas para ludibriar uma possível abordagem policial.

Prisão e justificativas

O homem e sua companheira foram presos dentro de casa após a denúncia da garota. O suspeito dos crimes estava cumprindo pena em regime semiaberto. Ele foi condenado por roubo, além de já ter sido acusado de tráfico e furto.

O “namorado” da moça também foi localizado e detido pelos policiais. O jovem confirmou as acusações de uso e tráfico de drogas, mas alegou que não sabia das agressões e abusos sofridos pela adolescente. O homem disse que foi iludido pelo pai da garota, e acreditava que o sentimento dela no relacionamento era genuíno.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou ao BHAZ que dois suspeitos foram presos em flagrante e encaminhados ao sistema prisional, na quinta-feira (24). “A investigação segue em andamento, sob sigilo”, declarou.

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