26 de abril de 2024

PL vai expulsar candidato a vereador que tem desenho de suástica na piscina

O PL decidiu expulsar Wandercy Antonio Pugliesi, candidato a vereador em Pome-rode (SC), após descobrir que ele é dono de uma piscina “decorada” com um dese-nho de suástica, símbolo associado ao nazismo. Ao UOL, o diretório estadual do partido afirmou que desconhecia a filiação de Professor Wander, como é chamado, e que não compactua com a ideologia do candidato.

“Por não compactuar ideologicamente com o filiado, o PL encaminhou o desliga-mento do mesmo. O partido reforça sua firme posição contra todo tipo de apologia à discriminação, seja racial, religiosa ou social”, informou o PL em nota.

PL vai expulsar candidato a vereador que tem desenho de suástica na piscina

O nome de Professor Wander consta no site do TSE (Tribunal Superior Eleito-ral), como publicado ontem pelo UOL, mas ainda aguarda julgamento para ser con-firmado. Se realmente for expulso e não se filiar a outra legenda, Wander não po-derá disputar as eleições, uma vez que a legislação não permite candidaturas avul-sas.

O caso da piscina veio à tona em dezembro de 2014. À época, a Polícia Civil disse que manter uma suástica em propriedade particular não configura apologia ao na-zismo e, portanto, não é crime.

“Não tem apologia, não tem rede social, não tem absolutamente nada de ilegal nes-sa história”, explicou à Folha de S.Paulo o delegado Luiz Carlos Gross.

Professor de História, Wander se apresenta como “admirador” da ideologia nazista e colecionador de objetos relacionados ao regime. Ele tem um filho chamado Adolf, uma homenagem a Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista.

Em 1998, ele teve livros, fotografias, cartões postais e uma camiseta estampada com a figura de Hitler apreendidos pela polícia, a pedido do MPF (Ministério Pú-blico Federal). Wander tentou reaver seus pertences, mas o pedido foi negado pe-lo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Pouco antes, em 1994, o professor mostrou alguns de seus objetos ao “Fantástico”, da TV Globo. Ele chegou a ser denunciado por racismo, mas o caso foi arquivado porque a conduta atribuída a Wander — apologia ao nazismo — só passou a ser considerada crime em 1997.

Anticomunista e apoiador de Bolsonaro

Nas redes sociais, Wander faz críticas ao PT e ao DEM, partido do atual prefeito de Pomerode, Ércio Kriek, e demonstra apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem parti-do). “Nada mais natural do que ‘bolsonaristas raiz’ serem eleitos em novembro”, escreveu ele em 13 de setembro.

Entre declarações de “não ao comunismo” e “não podemos deixar a esquerda tomar conta das seções eleitorais”, também há uma postagem exaltando a ditadura do ge-neral Augusto Pinochet (1973-1990), no Chile, que deixou mais de 3 mil mortos ou desaparecidos, torturou milhares de prisioneiros e forçou 200 mil pessoas ao exílio.

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