Polícia Federal vai fazer mega-operação para expulsar garimpeiros do rio Madeira

Agentes da Polícia Federal baseados no Acre devem se deslocar, nas próximas horas, para o Amazonas, na divisa com Rondônia. Eles devem se juntar a agentes vindos de outras regiões do país que vão participar de uma grande operação policial, que deve contar com a participação da Marinha do Brasil, no combate à ação ilegal de garimpeiros que invadiram o rio Madeira em busca de ouro, revelou uma fonte do órgão no Acre. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, confirmou, em entrevista à imprensa, uma gigantesca operação na localidade nas próximas horas.

Na manhã desta quinta-feira (25), o registro era de pelo menos 500 dragas instaladas no leito do rio, numa verdadeira invasão ao Madeira, no interior do Amazonas. A invasão começou há pelo menos 15 dias. Há uma verdadeira fila flutuante, de dragas e balsas, ocupadas por centenas de homens que se dedicam á atividade de garimpagem no leito do rio.

Moradores da região relatam que garimpeiros começaram a compartilhar, nas últimas semanas, a informação de que haveria ouro naquele trecho específico, de forma informal. Nas redes sociais, garimpeiros que atuam no local divulgam imagens mostrando a extração e pepitas. O caso está sendo registrado próximo à comunidade de Rosário, no município de Autazes, distante 113 quilômetros de Manaus.

O trecho ocupado é usado para deslocamento de moradores de Nova Olinda do Norte, Borba e Novo Aripuanã para chegar a Manaus em lanchas. O trajeto é mais curto do que utilizando a BR-319, que é conhecida por estar muito deteriorada.

Em nota, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou que atividades de exploração mineral naquela região não estão licenciadas. Por isso, são irregulares. O Ministério Público Federal (MPF) também ratificou que a extração de ouro na região do rio Madeira não é amparada por licença ambiental expedida pela autoridade ambiental competente ou por título de lavra emitido pela Agência Nacional de Mineração, o que torna essa atividade ilegal.

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou que está buscando informações, com intuito de planejar e realizar as devidas ações no âmbito de sua competência, integrado aos demais órgãos estaduais e federais.

A Polícia Federal informou que tomou conhecimento das atividades ilícitas que estão ocorrendo no Rio Madeira, e “juntamente com outras instituições, estabelecerá as melhores estratégias para o enfrentamento do problema e interrupção dos danos ambientais”.

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