Regressiva
Os 12 deputados estaduais eleitos para a próxima legislatura só assumem os mandatos em 1 de fevereiro de 2023, ou seja, daqui dois meses. Mas nem por isso eles estão parados esperando o ‘grande dia’. Pelo contrário, estão se movimentando e bem.
Mesa
O principal fator dessa movimentação é talvez a eleição da nova Mesa Diretora da Aleac, que ocorre já no primeiro dia de mandato da nova leva de deputados, que representa 50% da Casa. Muitos têm interesses em compor a Mesa, e por isso precisam se antecipar. Não dá pra abrir negociação no dia em que assumem.
Marcando território
Para além das negociatas políticas, o movimento dos eleitos está acontecendo muito no sentido de marcar território. São reuniões com categorias, comunidades e políticos de mandato. São importantes gestos que mostram que a turma que tá entrando conhece do beabá. Essa próxima legislatura promete ser uma das mais qualificadas politicamente dos últimos tempos.
Destaque
Em meio a tantos novos eleitos, alguns se destacam mais que outros. É o normal, ainda mais em uma turma tão grande quanto essa. O advogado e deputado eleito Eduardo Ribeiro (PSD) é talvez quem mais tem se movimentado. A agenda está sempre lotada e sabe fazer política. Filho de um ex-deputado, o hoje conselheiro do TCE, Valmir Ribeiro, Eduardo tem a política no DNA. Vai longe.
Vereadores
Os três vereadores de Rio Branco que se elegeram deputados estaduais também não estão dormindo no ponto. Michelle Melo (PDT), Emerson Jarude (MDB) e Adailton Cruz (PSB) são gatos escaldados. Apesar de não aparentarem, publicamente, foco na futura cadeira, fazem bons movimentos de bastidores.
Alívio
Por falar em vereadores, a saída desses três para a Aleac vai ser um alívio para o prefeito da capital Tião Bocalom (PP). Jarude e Michelle são os únicos vereadores declaradamente de oposição, e Adailton é um independente com lapsos de oposição. São provavelmente os três vereadores que mais dão dor de cabeça a Bocalom. Vai diminuir o estoque de Dorflex.
Ministérios
O presidente eleito Lula (PT) viajou ontem (27) a noite para Brasília cercado de grande expectativa. Isso porque a ida de Lula até a capital federal tem o intuito de botar pra andar a PEC do Bolsa Família e também porque podem surgir os primeiros nomes que irão ocupar os ministérios do terceiro governo do petista. Lula deve passar a semana em Brasília e trabalhar de sua sala no Centro Cultural Banco do Brasil, que é sede do gabinete de transição.
Fazenda
Um nome que já é dado como certo é o de Fernando Haddad (PT). Ex-ministro da Educação nos primeiros governos de Lula, agora o ex-prefeito de São Paulo deve assumir a Fazenda. Haddad, inclusive, desembarcou com Lula em Brasília. Estavam no mesmo voo ele, Lula e Janja, a futura primeira-dama.
Prazo
Os grupos temáticos formados para a transição devem enviar até esta quarta-feira (30) um relatório preliminar para a coordenação-geral de transição com um diagnóstico sobre a situação atual da administração federal e propostas de medidas para o novo governo. Agora é a corrida contra o relógio. Só falta pouco mais de um mês para o novo governo assumir.
Reapareceu
Depois de quase um mês da derrota nas urnas para Lula, Bolsonaro (PL) finalmente apareceu em um evento público no último sábado (26), a formatura de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, no RJ. Apesar da presença, Bolsonaro saiu de lá sem discursar e sem falar com imprensa.
