Alan Rick diz que é vítima de perseguição política e que nunca defendeu ataques

O deputado federal e senador eleito Alan Rick (UB) falou com exclusividade para a coluna Pimenta no Reino sobre a suspensão de suas contas nas redes sociais e sobre o que ele chama de “estado de exceção”.

Rick teve suas contas no Twitter e Instagram suspensas na última sexta-feira (13) por decisão da Justiça. Além do parlamentar acreano, outros políticos e influenciadores de outros estados, também ligados ao bolsonarismo, tiveram suas contas derrubadas e no mesmo dia, pela mesma decisão judicial.

O motivo seria declarações antidemocráticas e de apoio aos atos terroristas do último dia 8 de janeiro, quando baderneiros de extrema-direita invadiram e depredaram a sede dos três Poderes em Brasília.

Não defendeu

À coluna, o senador eleito garantiu que nunca fez nenhuma postagem com teor antidemocrático ou em defesa dos atos terroristas. “Em nenhum momento, em nenhuma postagem minha você vai me ver defendendo os ataques do dia 8, aos três poderes. Nenhuma postagem ou fala minha nesse sentido. Pelo contrário, eu repudiei”, disse.

Indignação

Segundo Alan Rick, suas manifestações foram todas no sentido de insatisfação e indignação com o governo Lula (PT). “O eleitor brasileiro, majoritariamente, está insatisfeito em ter na Presidência da República um presidente condenado por corrupção, que foi preso e ‘descondenado’ pelo Supremo. Há uma indignação da população. Mas nem por isso eu estou defendendo atos antidemocráticos e quebradeira quando eu digo que existe essa indignação coletiva por o Brasil estar sendo dirigido por um ‘descondenado’, que foi solto pelo Supremo e hoje é presidente”, argumentou.

Cobrança

O deputado disse ainda que o que fez nas redes sociais foi cobrar do Ministério da Justiça “informações sobre o tratamento dispensado a idosos, crianças e pessoas com comorbidades no ginásio da PF em Brasília. Foram 1200 pessoas presas e, detalhe, não eram os bardeneiros, e sim as que estavam acampadas na frente do quartel. E foram presas sem saberem o motivo”.

Arbitrariedade e exceção

Para Alan Rick, o país vem enfrentando uma onda de arbitrariedade e vivendo em um estado de exceção. “Existe uma gigantesca onda de arbitrariedade. O que está acontecendo hoje é que o ministro Alexandre de Moraes está mandando punir para depois investigar. O que está acontecendo é uma arbitrariedade nunca vista na história desse país. Um regime de exceção”.

Recurso

O deputado contou também que já entrou com um recurso para recuperar o acesso às suas redes sociais. “Eu já entrei com um recurso e vamos vencer. Uma pessoa não pode ter um direito seu tolhido sem saber o motivo. Sem ter acesso aos autos ou a qualquer informação acerca de uma decisão judicial. Eu preciso saber que informações embasaram essa decisão. E nós não temos acesso nenhum”, reclamou.

Democracia em risco

Em coro com a maioria do bolsonaristas, Alan Rick se queixou ainda contra as decisões do ministro do STF, Alexandre de Moraes. “O Brasil hoje vive um momento crítico e a nossa democracia está em risco, porque ninguém pode ter o poder absoluto. E o que nós estamos vendo é isso. Um ministro do supremo com poder absoluto, acima do bem e do mal. Isso não pode perdurar. O que nós sofremos foi um ataque político, muito mais do que uma ação do ministro Alexandre de Moraes, foi um ataque político”.

Perseguição política

O ataque político a que Alan Rick se refere é uma suposta perseguição que o parlamentar vem sofrendo de políticos do próprio Acre. “Digamos que um político do Acre tenha dito ao ministro que eu escrevi algo antidemocrático e pede pra bloquear minhas contas. Então, ele bloqueia para depois investigar. O que está acontecendo hoje é uma perseguição política. Está clara e cristalina a perseguição política”.

Liberdade

“Então eu não tenho o direito de me manifestar nas redes sociais por conta disso? Agora, o que eu fiz foi defender a voz de brasileiros que estão indignados com esse governo e defender aqueles que estão presos injustamente. O artigo 53 da Constituição diz que deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer opiniões, palavras e votos. Ninguém pode violar minhas opiniões”, concluiu.

Apoio

Nas Facebook, única rede social do senador eleito que continuou ativa, ele tem recebido bastante apoio. Na publicação em que divulgou uma nota contra a decisão da Justiça, recebeu mais de uma centena de comentários, a maioria de apoio ao deputado e ao seu posicionamento.

Encontro

Perto de completar quatro meses da última eleição, que ocorreu em outubro de 2022, dois adversários políticos se encontraram agora como parceiros. O governador reeleito Gladson Cameli (PP) e o ex-governador, que foi derrotado por Gladson no último pleito, Jorge Viana (PT). São as voltas que o mundo da política dá.

Parceria

O encontro entre a dupla se deu no âmbito de governo Estadual e Federal, já que JV assumiu a presidência da Apex no recém-empossado governo Lula. A reunião aconteceu em clima amistoso com troca de abraços e sorrisos. O político petista disse que vai dar uma atenção especial ao estado no quesito exportação, enquanto Gladson disse que torce para que Lula faça um bom governo. Pelo visto, a bandeira da paz foi hasteada.

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