Antes de absolver PF, juiz dá duro recado a policiais: “Álcool e arma não combinam”

Na tarde desta quinta-feira (26), Victor Campelo foi absolvido das acusações por decisão do júri popular

Antes de ler a sentença de Victor Campelo, policial federal acusado de matar o jovem Rafael Frota, o juiz Alesson Braz, do Tribunal do Júri de Rio Branco, deixou uma importante mensagem direcionada ao PF e a todos os profissionais da Segurança Pública do Estado sobre a combinação perigosa entre uso de arma, balada e álcool. 

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Victor Campelo foi inocentado pelo júri/Foto: Reprodução

Na tarde desta quinta-feira (26), Victor Campelo foi absolvido das acusações por decisão do júri popular. 

Antes de ler a sentença, o juiz se dirigiu a ele, bem como a todos os profissionais que possuem porte de arma, deixando uma mensagem de reflexão e pedindo que esse debate seja ampliado no estado, já que não existem estatutos específicos para essa questão.

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Para o juiz, a combinação perigosa de bebida alcoólica, balada e porte de arma precisa ser repensada. 

Rafael Frota morreu após ser baleado na boate/Foto: Reprodução

“Victor, antes de ler essa sentença, quero me dirigir a você e a todos os profissionais da Segurança Pública que tem o porte de arma. De fato, não há nenhuma norma no nosso Estado proibindo o porte de arma de fogo em casas noturnas e baladas, mas é uma combinação perigosa que pode ser fatal, como foi o seu caso. Balada, álcool e arma de fogo, destacou o juiz.

“É um assunto que tem que ser melhor estudado e melhor debatido na Polícia Militar, Civil e Militar para que esses fatos não voltem a ocorrer”, continuou. 

Alesson listou alguns casos que foram registrados no Acre. “Sugiro que as pessoas não saiam de casa se quiserem fazer essa combinação ou não andem com suas armas. Que façam suas festas em casa”, finalizou. 

Questionado sobre como o MPAC vai atuar diante da polêmica que versa sobre uso de armas por agentes durante festas, o promotor Teotônio Soares explicou que a questão será levada para o debate o público, com as partes envolvidas.

Promotor Teotônio Soares, do MPAC/Foto: ContilNet

“Arma aumenta a arrogância, a prepotência. A sociedade precisa debater isso, arma, bebida e boate. Ele era uma autoridade. Ele selou a morte do Rafael na hora que ele entrou na boate armado”, disse mais cedo, antes da leitura da sentença.

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