Alaíde Chaves Pinheiro da Silva, também chamada de Rainha do Macauã, nasceu no dia 11 de março de 1939, em Sena Madureira, uma das muitas cidades que encantou com seu dote musical. Neste sábado, 11 de março, Alaíde completaria 84 anos. A cantora faleceu no final de 2011, aos 74 anos.
Alaíde era uma das personalidades mais conhecidas no município de Sena Madureira, que lhe prestou uma homenagem póstuma onde o Centro do Idoso Municipal foi batizado com o seu nome. Rainha do forró, a ex-moradora do bairro do Bosque em Sena, sempre tinha casa cheia regada a música para alegrar o bate-papo com as visitas. Alaíde Pinheiro foi uma das pioneiras com o famoso ‘baile dos idosos’, e também uma das primeiras senamadureirense a cobrar ações envolvendo saúde, higiene, diversão e lazer da Prefeitura e Governo voltados para a terceira idade.
Foto: Lucas Costa
Foto: Lucas Costa
Foto: Lucas Costa
Alaíde chegou a lotar casas de shows por diversas vezes e participou de shows especiais como o famoso grupo musical ‘Boca de Mulher’ no antigo espaço 14 Bis na capital. Alaíde levou sua música para diversos municípios do Acre. Com um legado inesquecível na música e ações sociais, a ex-moradora do Seringal Esperança no rio Macauã, falou em entrevista para o livro “Brava Gente Acreana” das raízes antes de chegar em Sena e de suas influências musicais adquiridas pelo pai que além de seringueiro era tocador.
“Meu pai era tocador, meus irmãos, meus tios, minhas tias, até as mulheres tocavam. Eu comecei a tocar, mas foi o tempo que eu me casei e abandonei a sanfona. Mas ainda hoje eu canto nas festas, em Rio Branco, Xapuri, Brasileia, aqui em Sena Madureira, no parque, nas festas dos idosos, pois eles me procuram muito”, contou Alaíde em trecho da entrevista para o livro.
Uma das músicas mais esperadas nas serestas e forrós da terceira idade no município de Sena era o xote do ‘Maconheiro’. Alaíde, que fundou o famoso “Forró do Flasena” junto do empresário Tião, sempre embalava a terceira idade com o hit que se tornou um fenômeno no Iaco em sua voz.
Alaíde no canto esquerdo, palco do famoso Forró do Flasena. Foto: Reprodução
“Esse xote é do Antônio Marazona, mas quando ele fez essa música, com um mês ele deixou de cantar, partiu para ser evangélico. Aí o pessoal ri, porque eu digo que aí eu tomei de conta. O pessoal pensa que é meu”, explicou ela em entrevista ao livro Brava Gente.
Além de cantora, Alaíde também passou muito tempo costurando, sendo parteira, cabeleireira, mas principalmente, dedicando-se a criar seus sete filhos: Antônio Carlos, José Carlos, Wania Maria, Francisco Carlos, Franklin, Sandra Maria e Silvania Maria.
A Rainha do Macauã, que alegrou Sena Madureira e muitas outras cidades. Alaíde faleceu em 2011, na capital acreana. Em sua ida, deixou saudade a muitos familiares e admiradores, mas também deixou boas memórias, das caças nos seringais, das vivências em Sena Madureira e, principalmente, da cantoria pelo estado acreano.
Veja a entrevista completa de Alaíde Pinheiro ao livro Brava Gente!
