Pimenta: Bittar acusa máfia de antropólogos de agir na criação de reservas indígenas

CPI das Ongs apura atividades financiadas com dinheiro público na Amazônia

Marcio Bittar na CPI das ONGs. Foto: Reprodução

Máfia

Em debate nesta terça-feira (29) na CPI das Ongs, o senador Marcio Bittar (União) disse que existe, de fato, uma máfia de antropólogos atuando na criação de novas reservas indígenas na Amazônia. Segundo ele, isso ficou claro após o depoimento do antropólogo Edward Mantoanelli Luz, especialista na avaliação e mediação de conflitos agrários que já atuou na Funai e denunciou a atuação do órgão e as fragilidades e peculiaridades do sistema de identificação, de reconhecimento de grupos étnicos no Brasil e de demarcação de territórios.

Ponto fora da curva

De acordo com Marcio Bittar, os antropólogos exercem um cerco sobre a função de reconhecimento de novas áreas indígenas. “Há uma indução de quem paga para que não haja um relatório imparcial, só vale o relatório do antropólogo, aquele que justifica a criação de uma nova reserva indígena por cima de pau e pedra. Quando acontece de que um antropólogo seja um ponto fora da curva, como foi vosso caso, o que eles fazem? Contratam outro”, argumentou o senador.

Horror

Bittar disse que a ação dos antropólogos se assemelha a um filme de horror, pois, segundo o relato do depoente Edward Mantoanelli Luz, está em curso no Brasil uma operação para a transformação de 25% do território brasileiro em reservas indígenas. De acordo com o antropólogo, até 2014 o ISA (Instituto Socioambiental) recebeu mais de 20 milhões de dólares para proteger terras indígenas na bacia amazônica e que cerca de 200 Ongs agem de modo suspeito na Amazônia com grande poder de segregação.

Gringos

A CPI das ONGs aprovou nesta terça-feira (29) um pedido do presidente da comissão, senador Plínio Valério (PSDB-AM), para que a presidente da Funai, Joenia Wapichana, preste esclarecimentos sobre a presença de visitantes estrangeiros em terras sob jurisdição da fundação. Deve ser encaminhada à CPI documentação sobre ingresso e circulação em territórios, reservas, parques indígenas, colônias agrícolas indígenas e territórios federais indígenas, assim como em reservas extrativistas, quando sob jurisdição da Funai.

Marcha à ré

O senador Sérgio Petecão (PSD), por sua vez, não participa da CPI das Ongs, mas também não vê com bons olhos a política de demarcação de terras indígenas, tanto que recuou de sua promessa de votar contra o marco temporal e de fazer campanha contra a sua aprovação. Contrariando tudo o que disse em campanha eleitoral, ele votou a favor da lei. E não publicou nada em seu Instagram como sempre faz quando vota a favor de matéria do presidente Lula.

Generais

Em vez de festejar seu voto favorável ao marco temporal, o senador Sérgio Petecão faz publicidade de seu encontro com o general Anísio David de Oliveira Junior, chefe do Departamento de Engenharia e Construção, responsável pelas obras do novo aeródromo de Santa Rosa do Purus. Ele estava acompanhado pelos generais, Paulo Roberto Viana Rabelo e Guilherme Langaro Bernardes.

Entrosamento

O governador Gladson Cameli tem cumprido agendas nas duas pontas do mapa acreano e em cada foto os dois estão lá, juntos que nem irmãos siameses, o presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga (PSDB) e o primeiro-secretário, Nicolau Júnior (PP). Sempre acompanhados pela vice-governadora Mailza Assis. Há anos o Acre não via um time tão coeso, principalmente em se tratando de vice.

Escalação

Em recente entrevista ao ContilNet, o deputado Nicolau Júnior não escondeu seu desejo de disputar o governo do Estado em 2026 com o apoio de Gladson que deverá disputar o Senado e, por isso, estaria levando sempre a vice-governador pra ela já ir se habituando ao público. Gonzaga, por sua vez, disputará uma vaga na Câmara Federal e já teria recebido promessa de ajuda de Gladson em sua campanha no Vale do Juruá, onde Gonzaga tem um eleitorado cativo desde que foi o chefe da Receita Estadual na região.

Agendas

As recentes agendas do governador têm sido para lá de interessantes, contemplando estudantes com reformas e construção de escolas e distribuição de tablets. Ou distribuindo os sonhados títulos de propriedades de terras. Desde Rio Branco, na semana passada, com a entrega de mais de 700 títulos de propriedade de lotes urbanos na região da Baixada da Sobral e até esta terça-feira (29), em Cruzeiro do Sul, o governador Gladson Cameli contemplou mais de 2 mil famílias.

O básico

Gladson esclarece que sua função como governador é garantir ao povo seus direitos básicos como acesso a moradia e documentação dos seus imóveis. “Fico feliz em ver o sorriso no rosto de pessoas que aguardaram por anos para ter o título definitivo de suas casas. Hoje estamos realizando o sonho de 800 famílias, mas ainda temos muito a fazer”, disse o governador em Cruzeiro do Sul.

Casa cheia

A cerimônia de entrega de títulos em Cruzeiro do Sul superlotou a quadra Poliesportiva Estevão Silva. Além de Gladson, Mailza, Gonzaga e Nicolau, o evento contou com a presença do prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Regina Ferrari, do corregedor-geral da Justiça, desembargador Samoel Evangelista do bispo Dom Flávio Giovanele do secretário de Educação do Acre, Aberson Carvalho, vereadores e várias outras autoridades.

Crédito

A entrega dos títulos faz parte do programa Minha Terra de Papel Passado, executado pelo Instituto de Terras do Acre (Iteracre), através da presidente do órgão, Gabriela Câmara. O programa tem como objetivo regularizar o maior número de imóveis no Acre e garantir aos acreanos acesso a linhas de créditos junto aos bancos e regularizar a arrecadação de IPTU.

Criminosos

O deputado federal Coronel Ulysses (União/AC) classificou de “criminoso” o 1º Encontro de Enfrentamento à Violência Policial do Paraná, realizado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) no último sábado, 26. “Um ataque à instituição policial militar é um atentado ao Estado Democrático de Direito”, disse Ulysses, durante a reunião desta terça-feira, 29, da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.

Carta

Ulysses ainda revelou ter recebido carta assinada por Marlene Alves, moradora de São Paulo, que apela por um combate mais severo à bandidagem. “Pelo que estou vendo, os deputados, os senadores e os vereadores estão esperando a bandidagem fazer arrastões… ou estão com medo do PCC [Primeiro Comando da Capital], ou lucrando com o PCC, porque ainda não agiram com punições rigorosas, sem dó e sem piedade, para eles terem medo da polícia e da cadeia como tinham no passado”.

GPS

Após minucioso levantamento técnico por meio de georreferenciamento, o secretário municipal de Agropecuária, Eracides Caetano, dementiu informação de que uma máquina da Prefeitura de Rio Branco estaria beneficiando um ramal no município de Capixaba.“Assim que soube da denúncia fui pessoalmente ao local verificar a situação e mesmo sabendo que a área é em Rio Branco, porque conheço tudo ali, fiz questão de marcar os pontos para conferir se estava mesmo no limite”, afirmou o secretário. Mas, de acordo com ele, mesmo que não tivesse, existe um Termo de Cooperação Técnica com a Prefeitura de Capixaba que permitiria a execução do serviço.

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