Especialistas apostam em IA e mudanças climáticas como possíveis temas da redação do Enem; veja lista

No Acre, 24.278 candidatos se inscreveram na edição 2023. Redação deve ser aplicada no primeiro domingo de prova

Nos dias 5 e 12 de novembro deste ano, milhões de estudantes se preparam para realizar a prova mais importante para o acesso ao Ensino Superior no país: o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No Acre, 24.278 candidatos se inscreveram na edição 2023.

Como a única parte escrita da prova, a redação é uma das etapas mais temidas dos candidatos. Caso o aluno obtenha nota zero nessa fase, por exemplo, fica impossibilitado de concorrer à uma vaga no Sistema Unificado (Sisu).

Redação deve ser aplicada no primeiro domingo de novembro/Reprodução

Para obter uma nota alta na redação, segundo a cartilha do Inep, órgão responsável pela aplicação da prova, é necessário seguir cinco competências básicas. São elas:

  1. Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
  2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
  3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
  4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
  5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Cada competência vale 200 pontos na avaliação. Ao final, obtendo a soma total de 1000 pontos.

Ao ContilNet, a professora Jocilene D’ávila, especialista em redação no Acre, explicou que para a edição de 2023, há 5 eixos temáticos que podem resultar no tema da redação do Enem:

  • Arquitetura Hostil: termo utilizado para definir construções e estruturas que afastam pessoas. Como foi o caso dos objetos construídos em baixo de pontes em São Paulo, elevadas para evitar que moradores de rua pudessem dormir nos locais. O episódio causou revolta no padre Júlio Lancelotti, que usou uma marreta para remover pedras pontiagudas instaladas sob um viaduto pela prefeitura da capital de São Paulo. O padre, inclusive, deu nome a um projeto de lei que tramita no Senado Federal, que pede a proibição dessas construções.
  • Sedentarismo: expõe a falta de atividades físicas;
  • Etarismo: o preconceito por conta da idade. Atinge principalmente pessoas mais velhas;
  • Inteligência Artificial: viralizou recentemente por conta de aplicativos como o Chat GPT. É um sistema que propõe que máquinas passem como seres humanos;
  • Capacitismo: é a discriminação contra pessoas com deficiência;

O ContilNet consultou outro professor especialista em redação no Acre. Titular do Instituto Federal do Acre (Imac), Sérgio Torres, apostou em três temas que vem ganhando discussões nas redes sociais. Assim como Jocilene, ele acha que ‘Etarismo’ é um eixo temático que pode aparecer no Enem 2023.

O professor cita ainda ‘mudanças climáticas’ e ‘evasão escolar’ como possíveis temas.

Consultado sobre quais temas não devem ser escolhidos, o professor destacou que temáticas relacionados a política estão fora. Além disso, mesmo sendo um tema bastante discutido recentemente com o conflito entre a Ucrânia e Rússia, e atualmente com os ataques armados de Israel e Palestina, o professor acredita que guerras também não devem aparecer como possíveis temas: “Não tem nenhuma chance”.

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