Após vazante, mais de 70 famílias deixaram o Parque de Exposições por conta própria

A coordenação destacou que as famílias deverão ser realocadas para casa quando o nível do Rio Acre marcar 11 metros

A Defesa Civil de Rio Branco informou ao ContilNet, que mais de 70 famílias deixaram o Parque de Exposições Wildy Viana, principal abrigo para receber vítimas das enchentes do Rio Acre na capital, por conta própria após a vazante do manancial.

Famílias precisam assinar um termo caso queiram deixar o abrigo/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Na manhã desta segunda-feira (11), o Rio Acre marcou 13,08 metros, deixando a cota de transbordamento, que é de 14 metros. Porém, mesmo com a medição indicando uma vazante, a Defesa Civil já havia informado que ainda não é o momento ideal de retornar para as casas. A coordenação destacou que as famílias deverão ser realocadas para casa quando o nível do Rio Acre marcar 11 metros.

“Não é o momento ainda e não é seguro, mas a gente apoia, damos a assistência com entrega de cestas, material de limpeza e água. Não levamos para casa porque foge do nosso protocolo de segurança”, destacou o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão ao G1.

Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil em Rio Branco/ Foto: Juan Diaz/ContilNet

Além disso, as famílias que optarem por deixar o Parque de Exposições antes do momento determinado como certo pela Defesa Civil, precisam assinar um termo de renúncia, se responsabilizando pela saída. “O abrigo não é um presídio, o abrigo é um local de abrigamento de pessoas, não é para prender pessoas. Então, se a pessoa tem o desejo de sair, ela vai sair, porém, ela vai deixar um termo de responsabilidade pelo seu ato conosco para poder resguardar a todos”, disse Falcão ao site AC24horas.

Falcão já havia dito ao ContilNet que não descartava o risco de repiquete, quando o Rio tende a subir repentinamente após uma vazante, o que indica que ainda não é o momento ideal de retorno às casas.

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“Só nos 8 primeiros dias de março, choveu a metade do esperado para todo o mês, então, o risco de o Rio voltar a subir, existe sim, mas não existe o risco de ele ultrapassar sua cota máxima”, destacou.

“Agora, sobre a questão dos igarapés, a gente precisa ficar sempre atento, porque basta chover 50 ou 70 mm para eles aumentarem bastante. E o risco é grave porque o Rio Acre está muito cheio e represa, especialmente, o Igarapé São Francisco, que faz parte de uma bacia enorme de Rio Branco. O risco de enxurradas permanece durante todo o período de chuvas”, concluiu.

Assista:

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