Em seis meses, Acre registrou quase o triplo de queimadas em relação ao mesmo período de 2023

Em relação aos municípios que mais registaram focos em 2024, quem lidera o ranking é Cruzeiro do Sul

Até o momento, de janeiro a junho deste ano, o Acre registrou 137 focos de queimadas. Os dados são do BD Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Se levarmos em consideração os números do mesmo período no ano anterior – janeiro a junho de 2023 -, quando o Acre registrou apenas 48 focos, em 2024 já houve quase o triplo de registros no estado.

Ele foi denunciado em 2021, porém teve sua condenação mantida no valor de R$4.848,00/Foto: Júnior Aguiar/Secom

Em relação aos municípios que mais registaram focos em 2024, quem lidera o ranking é Cruzeiro do Sul (18 focos), seguido de Feijó (17) e Tarauacá (14).

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Os que menos registraram foram Senador Guiomard (1), Porto Acre, Epitaciolândia e Capixaba, com 2.

Dados: BD Queimadas/Inpe

Mesmo tendo registrado um aumento de mais de 200% quando comparado os primeiros dias de junho de 2023 e 2024, o Acre é uma das unidades da federação que menos registrou focos de incêndios florestais em 2024, desde 01 de janeiro a 25 de junho.

Ao ContilNet, o diretor de Administração de Desastres da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, o combate à queimadas também faz parte do Plano de Contingência relacionado à seca que o Acre tem enfrentado nos últimos dias.

As ações em combate às queimadas no plano de contingência do município estão relacionadas com a mobilização de órgãos e secretarias que podem ajudar no combate. “Como por exemplo, órgãos que tem tratores para fazer aceiros, ou aqueles que tem caminhões-pipas para apoiar no combate à incêndios quando, por ventura, o Corpo de Bombeiros não estiver dando conta com seus próprios caminhões, então todos esses órgãos fazem parte do plano de contingência e cada um já sabe o que fazer em momentos de crise”, explicou.

Ainda de acordo com o coronel Falcão, o satélite AQUA, que registra o número de focos no BDQueimadas, mostra apenas os incêndios florestais, mas que além deles, Rio Branco já sofre também com as queimadas urbanas. “Os incêndios florestais são aqueles que tem proporções de pelo menos 100 por 100 metros quadrados, que dá 10 mil metros e as queimadas urbanas são menores”, afirmou.

Acre vive oito meses em emergência ambiental

Por conta do período de seca, o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima publicou no dia 30 de abril, em edição do Diário Oficial da União (DOU), o calendário de emergência ambiental em áreas mais suscetíveis a incêndios florestais entre fevereiro de 2024 e abril de 2025. O Acre aparece como suscetível a incêndios florestais entre abril e novembro de 2024, junto com outros estados como Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro e outros estados.

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A publicação da portaria que declara estado de emergência ambiental é um procedimento anual, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de interesse público, como a contratação de brigadistas pelo Programa de Brigadas Federais do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo o Governo Federal, são contratadas brigadas especializadas para cada período e região, como agentes indígenas, quilombolas e de comunidades que conheçam o território e possam contribuir com ações preventivas.

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