Acre registra recorde de queimadas em julho; o maior número dos últimos 10 anos, revela Inpe

Com o número, o estado é o 11º em todo o país e o 5º da Região Norte, na frente do Maranhã, Tocantins e Roraima

O estado do Acre teve o maior número de queimadas no mês de julho dos últimos 10 anos, com 603 focos entre 01 a 31 de julho de 2024. Os números são do BDQueimadas, usado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Além de registrar o maior número de queimadas dos últimos dez anos para o período, o mês de julho teve a maior quantidade de queimadas no ano.

O mês de julho registrou mais de 600 focos de incêndios florestais, sendo o maior dos últimos 10 anos. Em 2016, o número ficou mais próximo deste ano, sendo 588 focos.

Brigadistas em período de queimadas no Acre/Foto: Sérgio Vale

VEJA A TABELA POR JULHO/ANO:

2024: 603 focos
2023: 212 focos
2022: 313 focos
2021: 433 focos
2020: 335 focos
2019: 272 focos
2018: 381 focos
2017: 362 focos
2016: 588 focos
2015: 118 focos
2014: 91 focos

Com o número, o estado é o 11º em todo o país e o 5º da Região Norte, na frente do Maranhã, Tocantins e Roraima.

O município de Feijó foi o campeão com número de queimadas em julho, com 122 focos, seguido de Cruzeiro do Sul (70 focos), Tarauacá (66 focos), Rio Branco (57 focos) e Sena Madureira (55 focos).

Fonte: BDQueimadas

O municípios de Capixaba, Epitaciolândia e Porto Acre registraram apenas 4 focos cada e Assis Brasil e Plácido de Castro registram os menores números, com 2 focos cada.

Acre vive oito meses em emergência ambiental

Por conta do período de seca, o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima publicou no dia 30 de abril, em edição do Diário Oficial da União (DOU), o calendário de emergência ambiental em áreas mais suscetíveis a incêndios florestais entre fevereiro de 2024 e abril de 2025. O Acre está em risco de incêndios florestais durante oito meses.

O Acre aparece como suscetível a incêndios florestais entre abril e novembro de 2024, junto com outros estados como Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro e outros estados. No Acre, o período de seca é conhecido pelos grandes números de focos de queimadas em todo o estado, principalmente no mês de setembro, quando a seca se agrava e os incêndios florestais aumentam.

LEIA: Em um ano, Acre vive 8 meses de emergência ambiental por conta das queimadas, diz Governo

A publicação da portaria que declara estado de emergência ambiental é um procedimento anual, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de interesse público, como a contratação de brigadistas pelo Programa de Brigadas Federais do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo o Governo Federal, são contratadas brigadas especializadas para cada período e região, como agentes indígenas, quilombolas e de comunidades que conheçam o território e possam contribuir com ações preventivas.

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