Estudantes indígenas celebram conquista de ações afirmativas na Ufac: “Anos de luta”

Samuel Arara é presidente do Coletivo dos Estudantes Indígena e destaca a importância de ações como esta

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac) decidiu pela aprovação de políticas afirmativas para que a comunidade indígena ingresse e se mantenha na instituição.

A reunião que decidiu pelas novas políticas foi realizada na quarta-feira (4)/Foto: Ascom/Ufac

Samuel Arara, presidente do Coletivo dos Estudantes Indígenas (CEI-UFAC), falou da importância de políticas afirmativas como esta dentro da universidade federal. “Este é um avanço significativo para a Ufac e para os povos indígenas do Acre. Foram anos de reivindicações, construção de propostas e diálogos. A universidade também é território indígena. Este é um avanço significativo para a UFAC e para os povos indígenas do Acre. Foram anos de reivindicações, construção de propostas e diálogos. A universidade também é território indígena”, conta.

“A conquista é o resultado de um longo processo de luta e mobilização dos estudantes indígenas e da comunidade acadêmica. Durante anos, o movimento indígena na universidade pressionou por uma maior inclusão e oportunidades de acesso e permanência. A proposta foi construída de forma colaborativa, com a participação ativa dos estudantes indígenas, professores e gestores da UFAC’, continua. 

Ele explica ainda que essas políticas ajudam a comunidade indígena no acesso a cursos que, comumente, são de mais difícil acesso, como a Engenharia Civil e Medicina, e que poder fazer parte desses espaços é uma maneira de ampliar as oportunidades para populações historicamente marginalizadas.

Samuel Arara é o líder do Coletivo dos Estudantes Indígenas/Foto: Cedida

De acordo com Arara, a decisão tomada pela Ufac é uma maneira de mostrar o compromisso da instituição com a diversidade e justiça social dentro da educação pública brasileira.

“Para nós estudantes indígenas, representa a chance de ver nossos sonhos mais próximos da realidade, e para a sociedade, a oportunidade de se beneficiar da contribuição única que os povos indígenas trazem, unindo o conhecimento ancestral com conhecimento ocidenteal “, encerra o presidente do coletivo.

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